Daihatsu DN Trec: este SUV compacto é de uma das marcas do grupo, mas pode ter sido apenas uma forma de despistar a verdadeira aposta
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Daihatsu DN Trec: este SUV compacto é de uma das marcas do grupo, mas pode ter sido apenas uma forma de despistar a verdadeira aposta

Muita gente ficou animada com o recém-anunciado SUV do Toyota Yaris, que será fabricado na França. Porém, é arriscado dizer que esse modelo será feito também no Brasil. Na verdade, um SUV da Toyota está demorando demais para chegar ao mercado brasileiro. Das grandes marcas, é a única que não atua nesse segmento nem sequer com um carro importado.

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Outras opções de SUV da Toyota , já bastante comentadas, é o C-HR e o Daihatsu DN Trec, utilizando uma das marcas do grupo. Mas por que a Toyota demora tanto para entrar no segmento que mais cresce nos últimos anos? Resposta: prioridades. A marca japonesa tinha dois grandes projetos na frente: um deles era lançar o Yaris para ocupar um espaço importantíssimo no segmento de compactos superiores; o outro era lançar o Corolla híbrido, uma ousada aposta num tipo de carro que muitos brasileiros ainda vêem como exótico.

Do Yaris europeu sairá o novo SUV da Toyota que será produzido na França, mas aqui ele seria derivado do nacional
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Do Yaris europeu sairá o novo SUV da Toyota que será produzido na França, mas aqui ele seria derivado do nacional

A Toyota é assim. Demora muito tempo para decidir. Todavia, quando decide, faz bem feito. Para se ter uma ideia, antes de lançar a marca Lexus nos EUA, a Toyota ficou dez anos estudando o mercado americano. Hoje os tempos são outros e exigem decisões mais rápidas, porém nem isso parece abalar o ritmo da Toyota. É difícil dizer qual SUV a Toyota fará no Brasil, mas podemos analisar as três situações.

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Particularmente, não acredito na opção do Daihatsu DN Trec. Eu estava no Salão de Tóquio quando o CEO da Toyota na época, Steve St. Angelo, falou que o DN Trec seria uma boa opção. Claro que noticiei isso, como outros jornalistas, mas fiquei com a impressão de que St. Angelo queria apenas despistar alguma coisa. Nenhum executivo entrega de bandeja seus projetos futuros, especialmente sendo da Toyota. Deve ter sido algo para testar a recepção dos especialistas e sondar a reação do público na internet.

CH-R volta a ter suas chances

C-HR: Híbrido já à venda na Argentina e pode ser um teste para um futuro lançamento no Brasil
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C-HR: Híbrido já à venda na Argentina e pode ser um teste para um futuro lançamento no Brasil

A opção do C-HR já foi dada como certa por muitos jornalistas brasileiros. Basta pesquisar na internet e você encontrará reportagens dizendo até a data de lançamento. Mas não. Na época, estava claro que a Toyota não tinha equipe de engenheiros suficiente para lançar dois carros novos ao mesmo tempo. Além disso, o C-HR era um SUV híbrido e seria caro, o que não resolveria o problema de falta de volume da marca nesse segmento. Hoje, porém, a situação mudou. O Toyota C-HR está sendo vendido na Argentina e muito provavelmente isso está sendo um teste de mercado. Se fosse uma aposta, eu colocaria algumas fichas no C-HR.

Finalmente, o Yaris SUV anunciado na Europa não deve vir para o Brasil. Como se sabe, o Yaris brasileiro é diferente do Yaris europeu. Porém, a ideia é boa. Por que não usar a plataforma do Yaris para produzir um SUV compacto que teria boa aceitação não apenas no mercado brasileiro, mas também em vários outros países da América Latina? Assim como o Yaris, o SUV do Yaris teria um desenvolvimento próprio para a região.

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Finalmente, talvez ainda haja uma quarta opção, que seria a criação de um SUV pequeno, baseado no Etios, pois este é o mercado que mais ganhará importância nos próximos anos. Faz muito tempo que o Etios está no mercado e a Toyota não fala muito dele. Ou o carro está morrendo aos poucos, porque o mercado mais lucrativo está nos segmentos superiores, ou um grande segredo está sendo guardado.

De qualquer forma, qualquer que seja a decisão da Toyota, ela terá ligação com a estratégia global, por isso um SUV da Toyota com motor híbrido como o C-HR faz muito mais sentido para o futuro do que tentar recuperar o atraso de pelo menos cinco anos no segmento de SUVs compactos.

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