Voltado para o desempenho, o Audi RS7 Performance acelera de 0 a 100 km/h em apenas 3,7 segundos!
Divulgação/Audi
Voltado para o desempenho, o Audi RS7 Performance acelera de 0 a 100 km/h em apenas 3,7 segundos!

A Audi achou uma bela maneira de divulgar os seus carros ao patrocinar o time de futebol do Barcelona. A marca dá um valor para cada jogador, que pode usá-lo para comprar um dos veículos da fabricante. E o craque Neymar saiu do quadrado e escolheu o Audi RS7 Performance, pagando um pouco a mais para levar o enorme sedã esportivo para sua garagem. E tivemos a chance de acelerar essa máquina.

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Essa parceria é mais forte do que imagina. O estande da fabricante no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro passado, tinha vários modelos que iriam disputar pela atenção do público, como o esportivo R8 ou o cupê TT. Mas o mais procurado era o Audi RS7 Performance . “Qual que é o carro do Neymar?”, perguntavam os visitantes, doidos para conhecer o sedã que o atacante escolheu. E quem ganhou com isso foi a Audi, que deu visibilidade para um modelo que custa nada menos que R$ 728.990.

Olhando para o RS7, fica fácil entender porque o Neymar escolheu esse sedã no lugar de um R8. Enorme, tem 5 metros de comprimento, 1,91 m de largura, 1,41 m de altura e 2,91 m de entre-eixos. Com todo esse tamanho, é um carro que tem espaço de sobra para todos os ocupantes e com um porta-malas de 535 litros. Bom para quando o jogador quer ir até a balada com mais gente do time.

Imponente, o sedã mantém a identidade da Audi, adicionando detalhes que mostram sua esportividade, como o para-choque com grandes entradas de ar e defletores, as saias laterais, e a asa traseira, ativada automaticamente ao passar de 60 km/h. Os faróis têm uma linha dupla em LED, assim como as lanternas. Ele impõe respeito nas ruas, tanto pelo tamanho quanto pelo design agressivo.

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Como não houve uma troca de geração, e sim atualização da mecânica, o RS7 ainda segue o padrão anterior da marca para o interior. Muitos botões tanto no painel quanto no console central e cluster com contadores analógicos. É um pouco estranho entrar em um A3 Sedan, quase seis vezes mais barato, e encontrar o painel digital que não está em um dos carros mais caros da fabricante.

Isso não significa que seja ruim. Tem um acabamento primoroso, com o uso de couro Valcona nos bancos, no painel e no volante, dividindo espaço com apliques de fibra de carbono e alumínio. Todo o interior pode ser na cor cinza, preta ou preta com costura cinza. Há um opcional, o pacote RS, que troca o couro por Alcantara e adiciona costura na cor azul, por R$ 12 mil.

Arrancada

Essa versão do Audi RS7 é a Performance, novidade no Brasil e que passa a ser a única oferecida por aqui. O motor é 4.0 V8 biturbo e ganhou 45 cv na comparação com o modelo anterior , alcançando os 605 cv, disponíveis entre 6.100 rpm e 6.800 rpm. O torque é o mesmo, de 71,4 kgfm entre 1.750 rpm e 6.000 rpm, podendo chegar a 76,5 kgfm com a função overboost, acionada automaticamente quando o carro está no modo Dynamic e pisamos fundo no acelerador.

Claro que, com 605 cv, é de esperar que seja rápido, então vamos ao desempenho: 0 a 100 km/h em 3,7 segundos e 305 km/h de velocidade máxima (limitada eletronicamente). A tração integral quattro ajuda a distribuir toda essa força pelas rodas. Basta acelerar um pouco para ver o velocímetro subir de 4 em 4 km/h a cada segundo e o sorriso abrir no mesmo ritmo. Passar da velocidade máxima de qualquer rua no Brasil é tão simples quanto contar até cinco. Faz jus ao nome de RS, destinado aos modelos mais preparados de cada carro da marca.

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Pode ser manso também. Com o sistema de modo de direção Drive Select, o carro pode ajustar sua suspensão esportiva e resposta do acelerador. Na função Comfort, é tão macio quanto outros sedãs executivos, priorizando a suavidade e economia de combustível (dentro do possível para um enorme V8). É o modo para andar na cidade, quando for levar seus filhos na escola ou ir até o shopping.

Pegue um trecho de estrada e mude para o Dynamic para acordar de vez o V8 sob o capô. A suspensão fica mais rígida, trabalhando para reduzir ao máximo o balanço da carroceria. É para alto desempenho, algo que não combina com nossas estradas – mesmo andando pela Rodovia dos Bandeirantes, uma das melhores do País, eu ficava balançando para cima e para baixo dentro do carro.

O RS7 estava na mão em todos os momentos. Conta com um sistema de direção dinâmica, que altera a relação de esterçamento das rodas. Dependendo da situação, podemos virar apenas alguns graus para um dos lados e as rodas irão esterçar mais do que antes. Facilita em manobras no estacionamento e também em uma pegada mais esportiva, evitando que precisemos tirar as mãos do volante.

Mais de R$ 700 mil!

Para os milionários que quiserem um carro de alta performance e que seja capaz de rodar pelas ruas brasileiras sem nenhuma dificuldade, o RS7 Performance é mais do que ideal. É o quarto carro mais caro da Audi no Brasil, abaixo apenas do A8 Longo 6.3 (R$ 838.990), S8 (R$ 889.990) e do R8 (R$ 1.170.990). E faz mais sentido do que alguns deles, já que tem um desempenho acima e já conta com alguns dos opcionais destes modelos.

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O sistema de som Bang & Olufsen, por exemplo, custa R$ 44 mil no A8 e R$ 50 mil no S8. Visão noturna? R$ 47 mil. O S8 só alcança os mesmos 305 km/h com o pacote dinâmico, que adiciona também escape esportivo e freios de cerâmica, por R$ 95 mil. Ou seja, o RS7 é melhor tanto em desempenho quanto para o bolso, por vir praticamente completo pelos R$ 728.990 – o único opcional custa R$ 12 mil e mexe apenas no acabamento do interior.

Isso joga contra o sedã. Afinal, podemos escolher entre o Audi RS7 Performance de R$ 729 mil ou o RS6 Avant Performance, por R$ 670 mil. Ambos com o mesmo desempenho, pacote de equipamentos semelhante e um preço bem abaixo. Além do mais, vai pelo gosto – pessoalmente, prefiro bem mais a clássica perua esportiva da marca. Porém, com certeza ficaria muito feliz com um RS7 na garagem. Só assim para sentir um gostinho do que é a vida de Neymar.

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