Audi TT RS: versão mais bem disposta do pequeno cupê tem novo motor e fica ainda mais leve que o anterior
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Audi TT RS: versão mais bem disposta do pequeno cupê tem novo motor e fica ainda mais leve que o anterior

Bastou olhar pela janela envidraçada para me lembrar do Audi R18 e-tron rasgando a reta dos boxes do Autódromo de Interlagos, em 2014, ano da última edição das 6 Horas de SP. Nessa ocasião, estava na sala de imprensa, fazendo a cobertura da corrida.  Pois bem, nada como um dia após o outro. E chega a minha vez de estar ao volante de um carro da marca alemã, com o velocímetro marcando 200 km/h antes da freada do “S do Senna”. E melhor ainda: estamos falando do TT RS, versão mais potente do pequeno cupê com desempenho de gente grande.

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Pelo menos por enquanto, vamos esquecer do preço do Audi  TT RS 2018. Agora o que interessa é descrever o que passei nas três voltas que tinha direito acelerando o esportivo de 400 cv e que tem uma das melhores relações entre peso e potência que se tem notícia entre modelos do gênero. São apenas 3,8 kg/cv, o que  se traduz em agilidade de sobra para engolir as retas e contornar as curvas do tradicional circuito paulistano. O sinal verde autoriza a saída e parto (de balaclava e capacete) trocando as marchas pelas hastes atrás do volante, que parece mesmo ter saído de um carro de competição, com base achatada, revestido de Alcantara e com botão vermelho embutido para dar a partida.

O trecho que dá acesso à reta oposta vai terminando e… Pé embaixo! O ponteiro digital do contagiros bem no centro do cluster dispara e logo atinge a faixa vermelha, um pouco antes dos 7.000 rpm. Na troca de marcha, um ronco borbulhante sai pelas duas largas saídas de escape. Estava prestes a ter frear para passar pelos cones antes da curva da Descida do Lago. É freio para ninguém achar defeito, com discos de 370 mm de diâmetro, oito pistões, que deram conta do recado. Tomada feita novamente para tangenciar e seguir para Ferradura e, de tão estável que é o carro, fica a impressão de que seria possível ser um pouco mais ousado na pilotagem.

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Mesmo assim, o bom ritmo entre acelerações, frenagens e retomadas vão mostrando que o trabalho dos engenheiros da Audi no novo motor 2.5 valeu a pena. Agora o bloco é de alumínio, mesmo material usado em uma série de outros componentes, até mesmo os parafusos da tampa do cárter, feito de uma liga que vai magnésio e silício. O turbina de sobrealimentação sopra com pressão de até 2,35 bar, ajudando a encher rapidamente os cinco cilindros, que receberam um minucioso tratamento químico para ter mais resistência e menos atrito. Além disso, o virabrequim tem novos furos para reduzir o peso e a biela é craqueada. Isso e mais uma série de outras novidades deixaram o novo motor 26 kg mais leve que o anterior, com os mesmos 2.5 litros de cilindrada. 

A rapidez com que trabalha o câmbio de sete marchas, de dupla embreagem, também impressiona, inclusive nas reduções. A boa rigidez torcional da carroceria e a tração integral Quattro também ajudam a contornar curvas sem sustos e com o carro sob controle, inclusive para corrigir eventuais saídas de frente ou de traseira. Ponto também para os grudentos pneus 245/35R 19 e para a suspensão multibraço, com amortecedores rígidos, bons em pista com asfalto novo, mas que devem fazer as costas sofrerem um pouco em piso irregular, no dia a dia.

Pilotagem VIP

Volante parece ter saído de um carro de corrida, mas o interior tem sofisticação e conforto de um sedã de luxo
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Volante parece ter saído de um carro de corrida, mas o interior tem sofisticação e conforto de um sedã de luxo

Feito para levar apenas dois ocupantes, o TT RS é feito para entusiastas do automobilismo com uma conta bancária bem recheada, já que custa nada menos que R$ 424.990. Tem interior que inspira sofisticação por todo lado. Os bancos até exageram no visual esportivo, com apoios laterais bem largos e todos os ajustes possíveis para se acomodar bem ao volante. Conta também com sistema de som de alta-fidelidade, com 12 alto-falantes e 680 watts de potência, além de sistema multimídia de última geração, com tela de 12,3 polegadas, sensível ao toque.  Se quiser regular a temperatura do ar-condicionado, basta girar a própria saída de ar e ver a temperatura digital bem no centro da peça.

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 De fato, o repertório tecnológico do Audi TT RS agrada em cheio. E apesar do preço salgado é um esportivo que consegue cumprir como poucos o seu papel de cupê de alto desempenho, garantindo uma tocada bem animada, mesmo com toda a parafernalia eletrônica ligada, o que não interfere muito na diversão ao volante. A fabricante diz que o carro faz de 0 a 100 km/h em menos 3.6 segundos, com ajuda do sistema de controle de largada. E que atinge 250 km/h, velocidade controlada eletrônicamente. De tirar o fôlego. Assista ao vídeo abaixo.


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