Durante as primeiras impressões ao dirigir o novo Caoa Chery Tiggo 7 (a partir de R$ 106.990), ficou claro que o carro é um um produto à altura dos demais SUVs disponíveis no mercado brasileiro. A começar pela qualidade na construção. A escolha dos materiais e o bom “recheio” dos acabamentos no interior também impressionam.
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Além disso, com exceção do painel lateral traseiro, há soft touch por todo o lado, inclusive no fundo do puxador da porta de trás. Outro detalhe que chamou bastante atenção no Caoa Chery Tiggo 7 foi o bom isolamento acústico — com motoqueiros passando ao lado, caminhões e etc — como na estrada, com o chiado do vento.
Além disso, a espessura e a arquitetura dos assentos não só são bastante envolventes, como também proporcionam conforto de sobra — com apenas uma pequena ressalva para a posição do assento do passageiro dianteiro, que gera um leve desconforto pela sua inclinação voltada ao assoalho e sem opção de regulagem.
E apesar da beleza ser algo subjetivo para qualquer assunto, ainda quanto ao interior, me dou liberdade de falar que o design é a “cereja do bolo” para um ambiente agradável. Volante, console, grafismo do cluster, moldura da central multimídia, costuras por toda a extensão, alavanca de câmbio, puxadores das portas, ergonomia dos comandos, saídas do ar condicionado... enfim, tudo mesmo é de bom gosto.
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Entretanto, sistema multimídia, som, processador e câmeras de ré (que inclui a câmera 360, inédita em sua categoria) deixam a desejar. As imagens da tela do multimídia poderiam ficar mais nítidas e o som ter melhor qualidade. Em contrapartida, o carro oferece monitoramento individual de pressão e temperatura dos pneus, bem como conectividade com Apple Car Play.
Mais detalhes do Caoa Chery Tiggo
Contudo, faltou uma melhor posição de dirigir, com ajuste de profundidade do volante e um ponto H (base do assento) mais alto que o ideal. O jeito meio inclinado em que fica o motorista também atrapalha um pouco. Porém, para quem tem cerca de 1,70 metro de estatura, não vai se sentir incomodado.
Na cidade, o utilitário esportivo da marca chinesa se mostrou bastante confortável, tanto na frente quanto atrás. O seu motor 1.5 turbo de 150 cv (etanol) ou 147 cv (gasolina) e 21,4 kgfm de torque conseguia mostrar certo fôlego, apesar dos seus 1500 kg. Isso muito se deve ao excelente câmbio automatizado de seis marchas e dupla embreagem, que apesar de conservador nas trocas de marcha, as realizava suavemente, mantinha as rotações abaixo dos 2000 rpm quando devia, e jogava o motor na faixa ideal quando era requisitado. Apesar disso a aceleração de 0 a 100 km/h acontece em nada emocionantes 11,5 segundos.
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Como a grande maioria dos carros de origem chinesa, a suspensão do novo SUV médio tem um ajuste bem mais voltado ao conforto, o que acaba prejudicando a estabilidade, inclinando a carroceria mais do que deveria. Mesmo em linha reta, seguindo a 100 km/h, o carro também mostrou certa sensilidade aos ventos laterais. Portanto, é bom ir devagar com o andor, embora a rigidez torcional tenha se mostrado adequada.
Na versão topo de linha, o Caoa Chery Tiggo 7 passa a custar R$ 116.990, mas conta com equipamentos como teto-solar panorâmico, ar-condicionado com regulagem independente para motorista e passageiro, câmera de ré de 360 graus, airbags de cortina e bancos com revestimento de couro com aquecimento.