Chery Tiggo 2 é a nova aposta na categoria dos SUVs compactos automáticos que pesam menos no bolso
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Chery Tiggo 2 é a nova aposta na categoria dos SUVs compactos automáticos que pesam menos no bolso

Nove em cada dez jornalistas automotivos foram perguntados sobre o tal SUV da Caoa que aparece no intervalo comercial da novela das nove. Fato é que o grupo brasileiro está muito satisfeito com o desempenho de vendas do Chery Tiggo 2. Relacionar o nome do empresário responsável pela consagração de uma marca como a Hyundai ao selo da Chery realmente surtiu o seu efeito, conquistando potenciais clientes dos SUVs de entrada.

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Não é segredo para ninguém que o método de trabalho das fabricantes chinesas no Brasil é oferecer menos por mais. Um SUV completo pelo preço de um compacto de entrada e sem muitos equipamentos. No caso do Chery Tiggo 2 , o cheque-mate é a chegada da versão automática, de quatro marchas. Até o fim de agosto, ele só poderia ser encontrado com câmbio manual.

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O gerente de marketing da Caoa Chery, Henrique Sampaio, explica o atraso de cinco meses. “Estávamos acertando os últimos detalhes para que o projeto ficasse perfeito”, disse o executivo. “Assumimos o compromisso de um trabalho que já estava sendo feito pela Chery (antes da sociedade). Foi aí que o time de engenharia da Caoa entrou para aplicar uns toques a mais na transmissão”.

Eis que, cinco meses depois, finalmente tive a oportunidade de dirigir a versão definitiva do Tiggo. Ou, pelo menos, a que mais deixará as 60 concessionárias que a Caoa Chery terá até o fim do ano. Número modesto? Considere que eram apenas 25 antes da parceria com Carlos Alberto de Oliveira Andrade.

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A embalagem do produto também colaborou para a curiosidade. A Chery optou por um design robusto, elegante e cheio de atenção aos detalhes. Os faróis com lentes escurecidas levam o nome do modelo em acabamento cromado. A traseira não nega suas inspirações no Celer . Uma linha cromada une os faróis sob uma integração bem interessante com a luz de ré, como temos visto nos modelos japoneses do mercado. Se o que os olhos não veem o coração não sente, Tiggo 2 surge com todas as características estéticas que o brasileiro gosta.

Os materiais são de boa qualidade, com nível de acabamento equiparável ao do JAC T40. Não é um “super acabamento”, mas é honesto. Apontamos os holofotes para a boa variedade, como preto brilhante, plásticos texturizados e até detalhes cromados em cold touch . Afinal, para quem é atento aos detalhes, nada mais decepcionante que um acabamento metálico que lembra mais uma peça plástica.

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Nas portas, uma boa área coberta por couro sintético, algo que está cada vez mais raro nos lançamentos recentes. Nesta versão topo de linha ACT, os bancos são feitos em um misto de couro sintético e tecido, com costuras laranjas que ajudam a dar uma característica despojada para a cabine.

Me acomodo no banco do motorista e logo lembro de um dos tópicos que não me ganharam no Tiggo 2: a posição de dirigir. O banco do SUV parece sempre estar no alto, mesmo com o ajuste de altura por rosca na posição mínima. Para alguém com 1,84 metro como eu, senti a cabeça muito próxima ao teto. Coloque isso na conta das linhas de sua silhueta, que começam baixas e vão ficando mais altas conforme avançam na direção da traseira do Tiggo. Ali, o espaço para a cabeça é suficiente.

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Se o banco é alto, talvez seja possível deixar a posição de dirigir um pouco melhor ajustando o volante. Este traz apenas a regulagem simples de altura, não contanto com o acerto de profundidade que faz toda a diferença na hora de garantir total conforto.

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Segue o baile. Com o Waze conectado na central multimídia que conta com Apple CarPlay e Android Auto, damos início a um breve passeio na zona sul de São Paulo. Diferentemente da nossa experiência com a versão manual, que foi na estrada, temos a oportunidade de testar o Tiggo 2 automático no trânsito.

A carteirada do Chery Tiggo 2

O Chery TIggo 2 é o primeiro de outros três modelos que serão vendidos no Brasil. Depois dele, virão os novos  SUVs
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O Chery TIggo 2 é o primeiro de outros três modelos que serão vendidos no Brasil. Depois dele, virão os novos SUVs

Como justificar a adoção de um câmbio automático, de quatro marchas, quando a maior parte dos rivais possui duas marchas a mais? O marketing da Caoa Chery diz que a caixa da Aisin atende aos requisitos de um SUV urbano. Trata-se da mesma transmissão do Toyota Etios que já elogiamos no iG Carros. Apesar de apenas quatro velocidades, traz uma relação mais longa nas duas últimas.

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Muito funcional em um subcompacto leve como o Etios, faltam trocas mais inteligentes ao SUV da Caoa, com trocas hesitantes e acompanhadas, não raramente, de solavancos.  O desempenho pouco empolgante também leva nas costas o motor 1.5, de 115 cavalos, quando abastecido com etanol. O torque máximo é de 14,9 kgfm a 2.700 rpm.

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Mais em conta que os rivais, o Tiggo 2 automático tem algumas cartas na manga. O ar-condicionado passa a ter acionamento digital, o volante ganha revestimento de couro e a função Eco fica disponível para controlar as rotações e diminuir o consumo de combustível. Conforme o Inmetro, o SUV faz média de 6,9 km/l com etanol e 9,9 km/l com gasolina. Na estrada, os números são 8,2 km/l e 11,9 km/l, respectivamente.

Para levar o Chery Tiggo 2 automático para a sua garagem, você poderá desembolsar R$ 66.990 na versão Look de entrada. O modelo que testamos, ACT, acrescenta teto solar, rodas de 16 polegadas, câmera de ré e volante multifuncional por R$ 69.990. Por esse preço, você poderá adquirir apenas as versões de entrada de Creta, HR-V, Renegade e companhia.

Ficha técnica

Preço: R$ 69.990 (com teto preto)
Motor: 1.5, quatro cilindros, flex
Potência: 115 cv
Torque: 14,9 a 2.700 rpm
Transmissão: automático, quatro velocidades
Suspensão:Independente McPherson (dianteira) e eixo rígido (traseira)
Freios: discos ventilados (dianteira), sólidos (traseira)
Dimensões: 4,20 m (comprimento), 1,76 m (largura) 1,57 m (altura) 2,56 m (entre-eixos)
Tanque: 50 litros
Porta-malas: 420 litros

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