O híbrido Volkswagen Golf GTE 2020 chega ao Brasil. Confirmado para o último trimestre deste ano, com previsões para novembro, o carro será o primeiro dos seis eletrificados da América Latina até 2023 e o 14º lançamento global dos 20 previstos até 2020. O primeiro híbrido da VW do Brasil sairá por algo em torno dos R$ 200 mil, mas a fabricante afirma que ainda terão reuniões para bater o martelo quanto ao preço.
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Seguindo a tradição do Volkswagen Golf GTI , o GTE foi pensado para entregar dsempenho parecido, mas com emissão de poluentes irrisórios. Isso não aconteceria sem a união do motor a combustão de 1.4 TSI (150 cv e 25,5 kgfm) e um motor elétrico de 75 kW (102 cv e 33,6 kgfm). Combinados, geram 204 cv e 35,7 kgfm. Com os dois em funcionamento, acelera de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos, chegando aos 222 km/h. E se o motor elétrico for a única fonte escolhida, o Volkswagen Golf GTE plug-in pode atingir velocidades de até 130 km/h.
Entre outros benefícios restritos aos carros com dois motores, principalmente quando um deles é elétrico, está a autonomia. No “e-mode”, sem o motor 1.4 em cena, roda até 50 km. Entretanto, com os dois juntos, temos o híbrido que pode chegar aos 900 km. E, por fim, a transmissão DSG de 6 marchas com função Tiptronic do GTI, que gerencia ambos os motores.
Personalidade múltipla
Por fora, se distingue pelas rodas de 18 polegadas que só estão no GTE, além dos logotipos e da dupla saída de escape, que ao contrário do GTI — que tem uma em cada extremidade da traseira — ambas ficam no canto esquerdo.
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Por dentro, tem opção dos bancos de couro ou em tecido xadrez — referência do GTI desde 1976 — acabamento discreto na cor azul da sigla GTE em detalhes como a manopla de câmbio, e os mesmos equipamentos do “irmão” esportivo somente a gasolina.
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Entre os quais, a central multimídia de última geração com câmera de ré e GPS embutido e tela sensível ao toque de alta resolução, monitoramento da pressão dos pneus, sensores que acionam os faróis e limpador de para-brisa automaticamente, sistema Stop&Start, retrovisor fotocrômico, controle de velocidade de cruzeiro, porta-luvas climatizado, lanternas traseiras com LED e outros.
Ao volante, em uma volta ao redor da fábrica da VW em São Bernardo do Campo (SP), a mesma boa ergonomia de qualquer Golf. Os equipamentos podem ser facilmente acessados e manuseados com intuitividade, bem como os recursos adicionais de monitoramento do conjunto mecânico híbrido contribuem para um melhor envolvimento homem-máquina.
Falando em envolvimento, o carro mostra como a tecnologia é capaz de fazer, cada vez mais, vários “carros” se integrarem a apenas um. Isso no sentido de que se você escolhe o modo elétrico, ele será efetivamente um carro elétrico. Se escolheu o modo apenas a combustão, será um Golf 1.4 TSi sem tirar e nem por. E no modo mais divertido, o “GTE mode” (elétrico + combustão), ele é um carro realmente esportivo. Não é como na maioria dos carros, que quando se pressiona o modo Sport, uma coisa ou outra muda e, sensorialmente, quase não se nota a diferença.
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Apesar dos números similares, o Golf GTE só não é idêntico ao GTI na resposta da aceleração. No 2.0 turbo de 230 cv e 35,7 kgfm, é preciso esperar o motor encher um pouco mais para se obter o mesmo resultado, e em contrapartida, quando isso ocorre, ainda se observa um carro mais veloz que a novidade eletrificada.
Outro ponto é que não há mágica no quesito conforto quando se pensa em conciliar com o desempenho. Logo, a suspensão não consegue amenizar tanto os solavancos, principalmente ao passar por piso irregular, algo que no Jetta GLI que testamos não é tão evidente — pelo fato do seu segmento exigir um uso mais moderado.
E como as baterias dos carros híbridos e elétricos se recarregam? Isso pode ocorrer por meio de seu deslocamento, das desacelerações com ou sem o pedal de freio ativo, e principalmente no modo “B” que é acionado na manopla de câmbio — onde no GTI fica o modo S do câmbio. Nessa posição da manopla, a atuação do freio-motor será intensificada, regenerando energia de forma acelerada.
Vale lembrar que o hatch pode usar o motor a combustão para recarregar as baterias. Além disso, pode-se usar o sistema plug-in ligando o Volkswagen Golf GTE a uma tomada de 220V, ou a uma estação de recarga, para que após 2h45 as reservas de energia saiam do 0 e cheguem aos 100%, diz a fabricante.