A enxurrada de lançamentos na categoria dos sedãs médios começou com o Chevrolet Cruze na segunda semana de agosto. O modelo ficou ainda mais estiloso e conectado na linha 2020. Na semana seguinte, a Honda lançou o novo Civic - eliminando a opção de câmbio manual e acrescentando mais equipamentos. Por fim, o Corolla estreou sua nova geração com o primeiro motor híbrido flex do mundo. Neste cenário movimentado, poucos se atentaram ao Kia Cerato. Por que?
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Além do visual arrasador do Stinger, o Kia Cerato estreia o novo motor 2.0, de 167 cv de potência e 20,6 kgfm de torque. Ou seja, adeus para o antigo motor 1.6 do HB20. Isso mostra que a marca coreana representada no Brasil pelo Grupo Gandini pretende posicioná-lo no “novo escalão” dos sedãs médios, definindo o preço de sua versão de entrada em R$ 94.990.
Desde a versão básica, o Cerato conta com volante revestido de couro com ajuste de altura e profundidade, saídas de ar para os ocupantes do banco traseiro e central multimídia com conectividade para Android Auto e Apple CarPlay. No pacote de segurança,traz seis airbags, assistente de partida em rampa, luz diurna em LED e estepe com roda de liga leve.
Com ar-condicionado digital de duas zonas, bancos revestidos de couro, lanternas traseiras em LED, retrovisores com rebatimento elétrico e aletas para trocas de marcha atrás do volante, o preço sobe para R$ 104.990 - na versão topo de linha SX. No pacote de estilo, as maçanetas ganham acabamento cromado, além das pedais que são de aço escovado.
No primeiro contato, deu para ver que o acabamento do Kia Cerato é bom. Se compararmos com a versão anterior, está anos luz à frente, mas continua inferior aos habitáculos de Civic e Corolla. O revestimento acima do painel tem toque macio, assim como os painéis das portas dianteiras. Seguindo o exemplo de Jetta e Cruze, as portas traseiras são de plástico duro texturizado - uma nova tendência na categoria.
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A nova geração do Cerato conta com três modos de condução: normal, econômica e adaptável. Assim como no irmão Stinger, cada um deles altera as diretrizes mecânicas, como a curva de torque entregue pelo motor e escalonagem do câmbio automático de seis marchas.
Sem modo esportivo?
Não necessariamente. A Kia diz que o Cerato pode se adaptar à maneira que é conduzido pelo motorista. Se você gosta de pisar um pouco mais, o sedã entregará o torque em rotações mais baixas. Caso o objetivo seja economizar combustível, basta pincelar o pé no acelerador para manter as rotações baixas. Como o teste preparado pela Kia aconteceu no autódromo, não foi possível comprovar sua eficácia.
Na parte dinâmica, o Cerato é traseiro, mas se comporta bem nas curvas. O volante é direto e tem bom ângulo de esterçamento, facilitando tangências mais fechadas. Seu gerenciamento eletrônico de segurança também impede que o sedã entregue toda a potência enquanto a roda estiver virada, proporcionando ainda mais segurança.
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Vale dizer que o Cerato cresceu 8 cm no comprimento, 2 cm na largura e 0,5 cm na altura. Dessa forma, o porta-malas que era de 421 litros subiu para bons 520 l. O sedã mostra que a marca coreana continua viva no acirrado confronto dos sedãs médios. Resta saber se o modelo pode enfrentar as crateras das cidades brasileiras, algo que iremos comprovar quando trouxermos o Kia Cerato para a redação.