A Ford lança hoje a nova Transit em versão cabine chassi. O modelo comercial chega para concorrer com a líder do segmento, a Mercedes-Benz Sprinter. A marca americana anunciou o preço promocional da versão de peso bruto total de até 4,7 toneladas (2,6 t de carga) a partir de R$ 240 mil, no entanto, o valor diz respeito apenas aos 100 primeiros utilitários, ou seja, vai durar pouco - se já não acabou. Na tabela, o preço normal é de R$ 260 mil.
Além da configuração com capacidade de 4,7 toneladas, há também a que leva até 3,5 t de peso bruto total (1,4 t de carga), o que a torna capaz de ser conduzida por motoristas com habilitação do tipo B, a mesma de automóveis de passeio. Só que essa opção é mais cara: R$ 273 mil. E também tem promoção para as 100 primeiras unidades, que sairão por R$ 260 mil. Por que a que leva menos carga é mais cara? Ela paga mais impostos.
Independentemente dos descontos, os valores são bons para as categorias nas quais se enquadram. A começar pela Transit de 3,5 t. Seus principais concorrentes são o Volkswagen Delivery Express (R$ 321.966), Iveco Daily 35-160 (R$ 301.092) e Mercedes-Benz Sprinter 315 CDI Street (R$ 276.780). Por sua vez, a versão que leva mais peso tem como rivais os Daily 45-160 (R$ 301.534) e Sprinter 517 CDI.
A mecânica não muda em relação ao furgão de carga e van de passageiros, trata-se do mesmo 2.0 turbodiesel de 160 cv a 3.500 rpm e 39,7 kgfm entre 1.750 e 2.500 rpm. Embora a opção de câmbio automático seja oferecida para as demais versões da Transit, a chassi vem apenas com o manual de seis velocidades.
Quanto ao tamanho, são 6,02 metros, mas o comprimento pode chegar aos 6,57 m, depende do uso do extensor da plataforma - ele fica depois das longarinas convencionais. Ela também vem com rodado duplo traseiro.
Não há uma diferença flagrante no visual, a fiscalização vai se basear na documentação da Transit para saber qual versão se trata. Lembrando que a menor se enquadra na categoria dos VUCs, veículos urbanos de carga, modelos que têm regras diferentes para rodar nos grandes centros, exemplo da cidade de São Paulo, sem serem enquadrados na mesma categoria dos caminhões.
Os itens de série são bons para um veículo de categoria profissional. Há ar-condicionado, trio elétrico (os vidros são um-toque para descer e subir), direção elétrica, coluna de direção ajustável em altura e profundidade, banco do motorista com regulagem de altura e até lombar, central multimídia de 8 polegadas com comandos no volante (compatível com Android Auto e Apple CarPlay), chave canivete, três modos de condução (eco, normal e escorregadio) e, em termos de segurança, controles eletrônicos de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampa, corretor de ventos laterais, anticapotamento e em curvas.
A Ford destacou as diferentes personalizações da Transit chassi. Além da caçamba para cargas secas e baú de alumínio, há a possibilidade de instalar estruturas para ambulância, plataforma de carros/reboque ou comando tático de polícia, para citar três exemplos.
Somado aos demais equipamentos de fábrica, a fabricante também oferece o Ford Pass, serviço pelo celular que permite monitorar parâmetros do carro, localizá-lo e também acessar outros dados. Não há nenhum custo de assinatura, um belo diferencial.
Afora isso, a Ford aposta que o custo total de utilização da Transit chassi fica bem abaixo do exigido pelos seus concorrentes, destacando que o valor chega a ser 25% inferior ao da Sprinter, se levado em consideração os cinco primeiros anos e 200 mil km rodados. De acordo com o divulgado pela marca, o gasto menor inclui as dez primeiras revisões, manutenção corretiva e peças em caso de colisão, além de seguro, consumo e conectividade.
De acordo com a marca, o mercado de comerciais leves é de 40 mil unidades por ano, sendo que 25% do total é formado por opção chassi cabine. Entretanto, a marca não informou qual é a fatia que projeta ganhar. É certo que dará trabalho para aqueles que buscam um veículo para… trabalho.