A crise econômica não afeta apenas o setor automotivo. Segundo os dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), as vendas de motos cresceu 1,5% de junho para julho, enquanto a produção caiu 7,6% no mesmo período. A estatística considera apenas motos novas, ainda que o licenciamento de motos usadas seja obrigatório desde 2015.
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De acordo com o Renavam, as vendas de motos aumentaram de 73.343 unidades em junho, para 74.417 motocicletas, um crescimento de apenas 1,5%, que anima um pouco o setor por mostrar uma tendência de estabilidade para os próximos meses. Isso é uma boa notícia, já que o resultado é 30,9% abaixo do obtido em julho de 2015, quando foram emplacadas 107.741 unidades.
Se as vendas de motos estão em baixa, a produção tende a cair. A Abraciclo diz que a fabricação foi de 81.387 motocicletas em junho, para 75.233 unidades em julho, uma queda de 7,6%. É uma quantidade muito abaixo das 102.450 motos produzidas no mesmo mês do ano passado, o que representa uma retração de 26,6%.
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Muitas marcas de automóveis estão apostando em exportações para se livrar da crise. Não tem dado muito certo no setor de motocicletas. As vendas externas recuaram 50,4% entre junho e julho, indo de 7.657 unidades para 3.798 motos. Comparado com julho de 2015, a queda foi de 55,7%. Até a venda para concessionários caiu, de 77.368 unidades para 71.760 exemplares, 7,2% a menos.
Primeiro semestre ruim
Historicamente, o segundo semestre sempre é melhor em vendas do que o primeiro. Se a tendência continuar, irá ajudar a recuperar o péssimo momento que o segmento teve na primeira metade do ano. Nos seis primeiros meses, foram emplacadas 469.581 motocicletas, 26,8% a menos do que as 641.707 unidades do mesmo período do ano passado, segundo o Renavam.
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As fábricas produziram 464.357 exemplares no primeiro semestre, uma queda de 33,4% ante as 697.540 motocicletas fabricadas em 2015. A projeção da Abraciclo é que a produção em 2016 seja de 1.090.00 unidades, um recuo de 13,7% em comparação com as 1.262.708 unidades feitas em 2015, o que representa 172.708 unidades a menos. A projeção já foi revisada quando a entidade divulgou os dados da primeira metade do ano.