A nova Harley-Davidson 338R, naked esportiva de entrada, é flagrada em fábrica na China. O acordo da marca com o Qianjiang Group, os proprietários da Benelli, estão por trás do projeto. Prometida há algum tempo, antes da pandemia, era esperada para lançar em junho na China e em 2021 na Índia — quando a moto, uma vez confirmada para o Brasil, também viria ao mercado nacional.
Na primeira metade de agosto, vimos o surgimento da nova QJMotor QJ350-13, pertencente à Qianjiang, com o design e desenvolvimento do chassi e do motor baseados na Benelli 302S. A partir dessa moto, descobrimos pistas sobre a nova Harley-Davidson de entrada. Especificações sobre seus conjuntos mecânicos estão entre as principais.
Conforme os documentos de aprovação, a capacidade volumétrica de 353 cc, e uma potência máxima de 36 cv, dois cavalos a menos que a Benelli 302S, mas se levar em conta o perfil de comportamento das tradicionais, terá mais entrega de torque do que a chinesa, bem como níveis de emissão que já atendam ao Euro5.
Já quanto ao visual, ante a “irmã” chinesa, a Harley apresenta algumas diferenças, para adequá-la a uma proposta mais robusta, que reforça a identidade característica da marca. Entre as principais, destacam-se uma lataria mais larga, uma rabeta mais longa, assentos maiores, tanque de combustível mais quadrado e pára-lamas mais afiado, na Harley-Davidson 338R .
Essa estratégia da Harley-Davidson de se basear na chinesa permite conter os custos durante a criação dos modelos derivados, como no caso dessa naked da Harley-Davidson , que competirá em um mercado onde os preços são mais baixos e o volume de vendas, maior. Junto a isso, a fabricante revelou planos de cortar 30% de sua gama de modelos em um plano de racionalização para se concentrar fortemente em seus modelos e mercados mais importantes.