Citroën C3 Exclusive é a versão topo de linha do hatch que pouco mudou desde o lançamento no Brasil, há cinco anos
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Citroën C3 Exclusive é a versão topo de linha do hatch que pouco mudou desde o lançamento no Brasil, há cinco anos

Não era apenas pelo desenho que o Citroën C3 feito no Brasil estava defasado na comparação com a versão vendida na Europa. Aqui, o carro ainda vinha equipado com câmbio automático de quatro marchas. Com a nova caixa de seis, feita pela japonesa Aisin, o hatch ficou mais confortável e passou a gastar menos combustível, mas ainda precisa evoluir em alguns aspectos pelo o que notamos guiando o carro no dia a dia.

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É claro que com duas marchas a mais em um sistema de transmissão mais moderno e eficiente que o antiquado câmbio AL4, feito em parceria com a Renault, o Citroën C3 evoluiu na linha 2018, mantendo sua vocação mais voltada ao conforto. Avaliamos a versão topo de linha Exclusive, oferecida por sugeridos R$ 61.948, valor que dá direito a equipamentos como ar-condicionado digital, retrovisor interno eletrocrômico, sensores que acionam faróis  e o limpador de para-brisa automaticamente, rodas de aro 16 e volante revestido de couro, entre outros itens.

Rodar mais confortável

Mas apesar de bem equipado e com um sistema de transmissão mais atual, é inevitável a sensação de dejà vu a bordo do hatch da marca francesa. Quase nada mudou no C3 por dentro desde a chegada da geração atual, há cinco anos. E o que mais incomoda é a falta de porta-objetos no interior. No console central, abaixo dos comandos da climatização, fica um pequeno espaço que poderia servir para guardar o celular, mas faltou um desenho mais adequado e materiais emborrachados para evitar do aparelho cair no chão na primeira curva que o carro fizer.

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O que também não ajuda é a central multimídia, que poderia ser mais prática e intuitiva. Até operações simples como mudar de estações de rádio acabam exigindo mais tempo que o ideal. Além disso, embora a fabricante entenda o para-brisa Zenith (panorâmico) como uma vantagem, na prática, trata-se de um recurso pouco útil. Bom seria uma faixa degradé para filtrar parte da luminosidade em excesso e viseiras que tivessem, pelo menos, um espelho. 

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Faltam porta-objetos no interior do C3, que também poderia ter melhor ergonomia

Entretanto, não há como negar que o C3 nasceu para ser um hatch preocupado com o conforto dos ocupantes. E a nova caixa automática de seis marchas contribuiu para isso. As trocas são feitas com mais suavidade, já que os degraus entre um marcha e outra são menores. A fabricante diz que com o novo câmbio, o hatch ficou 7% mais econômico. Conforme os números do Inmetro, o carro faz 9,6 km/l na cidade e 13 km/l na estrada, com apenas gasolina no tanque.

Se houve ganhos de conforto e um pouco de economia de combustível, na questão do desempenho quase nada mudou. Ainda falta certo fôlego em baixas rotações ao motor 1.6 FlexStart, o primeiro do gênero a dispensar o tanque de partida a frio. Basta uma leve subida pelo caminho para ter que provocar uma redução de marcha, ou pisando mais forte no acelerador, ou optando pelo modo sequencial do câmbio e movendo a alavanca para trás. Pudera, são 16,1 kgfm a altos 4.750 rpm.  Portanto, abaixo de 3.500 rpm, fica difícil encontrar alguma disposição para ultrapassagens.

O que agrada no C3 é a leveza da direção elétrica nas manobras, o bom isolamento acústico e o acerto da suspensão (que consegue aliar boa estabilidade com a capacidade de absorver as irregularidades do piso), ou seja questões ligadas ao conforto. O espaço no porta-malas também é elogiável considerando que estamos falando de um hatch compacto que pode levar até 300 litros de bagagem, o mesmo que o Hyundai HB20 e maior que Ford Fiesta ( 281 litros) e Peugeot 208 (285 litros).

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Com a chegada (tardia) do câmbio de seis marchas, o Citroën C3 ganha um pouco mais de apelo no que tem de melhor, a questão do conforto. Mas isso não parece ser o suficiente para brigar com os fortes rivais que estão chegando no segmento de hatches compactos mais caprichados, como o Fiat Argo 1.3 e, no segundo semestre, a nova geração do VW Polo e o Ford Fiesta renovado. Também não anima o fato do novo C3 estar descartado para o Brasil e que vêm aí novos hatches da PSA (Peugeot- Citroën) feitos especialmente para a América Latina.

Ficha técnica

Preço:  a partir de R$ 58.540 ( R$ 65.490 na versão Exclusive, como a avaliada)

Motor: 1.6, quatro cilindros, flex

Potência: 118 cv a 5.750 rpm

Torque: 16,1 kgfm a  4.750 rpm

Transmissão:  Automático, seis marchas, tração dianteira

Suspensão:Independente (dianteira e traseira)

Freios: Discos ventilados na dianteira e tambores na traseira

Pneus: 195/55 R16 

Dimensões: 3,94 m (comprimento) / 1,71 m (largura) / 1,52 m (altura), 2,46 m (entre-eixos)

Tanque : 55 litros

Porta-malas: 300 litros 

 Consumo: 9,6 km/l (cidade) /13 km/l (estrada) com gasolina

0 a 100 km/h: 12,8 segundos 

Vel. Max: 190 km/h

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