Na minha matéria sobre o melhor custo-benefício entre o BYD King e o Toyota Corolla, deixei claro que a BYD, em seu evento de apresentação do carro, queria chamar a atenção do Corolla , sem medo. Agora, a marca nos convidou para experimentar ambos os carros, Corolla e King , lado a lado em um pequeno circuito, para entendermos as diferenças entre eles.
A primeira impressão ao entrar no King , em comparação com o Toyota, é o conforto que a cabine proporciona. Particularmente, gosto muito do console central elevado. Além de adicionar um refinamento ao carro, ele me deixa mais preso, como em um cockpit, o que me fez sentir bem. No entanto, achei que o volante poderia ser um pouco mais largo devido ao porte do carro, mas nada que realmente me incomodou durante a condução.
O seletor de câmbio do tipo Rotary Shifter também adiciona um charme extra, junto com o freio de estacionamento eletrônico e o auto hold, equipamentos ausentes no Corolla. Porém, preferi o acolchoamento do banco do Toyota do que os bancos do estilo conchas da BYD, mas isso é questão de gosto. Vamos à condução.
O King é bem mais ágil que o Toyota, sem sombra de dúvida. A versão testada, a GL , de entrada, possui 209 cv de potência combinada e 32,2 kgfm de torque, graças ao motor 1.5 turbo a gasolina e ao motor elétrico dianteiro, que impulsionam bem o sedã, e ainda mais no modo Sport, um dos três modos disponíveis, junto com Eco e Normal.
Já o Corolla conta apenas com o motor 1.8 aspirado flex, em conjunto com dois motores elétricos acoplados ao câmbio CVT, totalizando 122 cv. Naturalmente, o Corolla demora mais para responder e "grita" mais. No entanto, ele oferece um conforto maior devido à sua suspensão independente nas quatro rodas, o que gerou uma condução mais macia.
O King, com seu eixo de torção, acaba sendo um pouco mais rígido. Porém, essa avaliação foi feita em um estacionamento de shopping, onde não há buracos, pelo menos naquele local.
Devido aos motores elétricos estarem acoplados ao câmbio do Corolla , fazer uma rotatória ou uma curva mais fechada demanda mais espaço do sedã japonês, mesmo com um diâmetro de giro do volante maior que o King. Isso não acontece com o sedã da BYD , porque, por ser um híbrido plug-in , o motor é acoplado no cofre, o que permite um giro das rodas mais eficiente.
Com 1,88 m de altura, me senti confortável em ambos os carros. Mas no Corolla , senti que o banco vai mais para trás, o que me ofereceu maior espaço para a condução. Acho que se o King tivesse um pouco mais de ergonomia nesse sentido, com o banco recuando mais no trilho, seria melhor. No entanto, fiz apenas três voltas, então é difícil dizer exatamente como seria no dia a dia. É preciso testar para saber.
Ambos são ótimos carros, isso é indiscutível. A grande diferença aqui é que um está há 32 anos em nosso mercado, com fabricação local desde 1998 , e é líder no segmento consecutivamente desde 2014, sem nenhuma ameaça. Agora, resta ver como o King se comportará, além da greve do Ibama, que está travando diversos veículos. É uma missão difícil, mas não impossível. O produto é bom e já comparamos os dois na ficha técnica.
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