Quando o Jeep Compass chegou ao mercado brasileiro em sua segunda geração, suas vendas dispararam. No primeiro ano completo, quase 50 mil unidades foram emplacadas; no segundo, os números subiram para mais de 60 mil. Assim, os SUVs se tornaram a moda do momento, sejam eles compactos, compactos/médios ou, como neste comparativo, médios.
Para não deixar a banda tocar sozinha, a Toyota uniu o útil com o agradável e trouxe a lenda do nome Corolla para o segmento de SUVs, criando o Corolla Cross . “Cross” vem de “crossover”, que significa um cruzamento de estilos de carroceria, combinando características de diferentes tipos de veículos em um só. Ou seja, errado de dar era quase impossível.
A Volkswagen até tentou competir com o Taos em 2021, mas não teve tanto sucesso. No acumulado de 2024, o Taos vendeu apenas 7.013 unidades, enquanto o Compass e o Corolla Cross comercializam respectivamente 22.791 e 21.844 unidades no acumulado de 2024 até julho.
Com o novo facelift do Corolla Cross em abril deste ano , houveram mudanças essenciais em equipamentos e visual, e a reestilização do Compass em maio de 2021 , que também atualizou seu visual, interior e motor. A questão é: quem leva a melhor na batalha frente a frente? Qual SUV de porte médio se destaca neste comparativo?
Para responder a essa pergunta, trouxemos as versões topo da gama XRX 2.0 CVT do Corolla Cross , custando R$ 191.890, e a Longitude T270 do Compass com o pacote Night Eagle , custando R$ 205.900.
DIMENSÕES E ESPAÇO INTERNO
Em termos de dimensões, ambos os veículos são bem parecidos, mas na prática isso pode mudar bastante. O Corolla Cross é maior em quase todas as medidas, exceto na altura: ele tem 4,46 metros de comprimento, enquanto o Compass tem 4,40 metros; 1,82 metros de largura contra 1,81 metros do Compass; 1,62 metros de altura para ambos; e uma distância entre-eixos de 2,64 metros para o Toyota e 2,63 metros para o Jeep.
No entanto, mesmo com um entre-eixos maior do Corolla Cross, o Jeep Compass aproveita melhor o espaço da cabine na parte traseira. Com o banco ajustado para mim, que tenho 1,88 m, ou seja, todo recuado para trás em ambos os carros, sobrou um espaço de meio dedo no Compass, enquanto no Corolla Cross fiquei com o joelho totalmente encostado e um pouco apertado. Para pessoas menores, isso não será um problema tão grande, mas o espaço é claramente melhor no Compass.
A movimentação dos pés é boa em ambos, e o túnel central não é elevado no Corolla Cross, já no Compass alguns podem sofrer um pouco. Ambos possuem saídas de ar-condicionado e tomadas USB na parte traseira, mas o Compass leva vantagem por incluir uma tomada de 12 volts, o que o diferencia ainda mais. Portanto, espaço traseiro, ponto para o Compass.
No porta-malas, o Compass possui 410 litros contra 440 litros do Corolla Cross. Mesmo sendo uma diferença pequena, pode fazer diferença na hora de levar aquela mochila extra, ou seja, ponto para o Corolla Cross no porta-malas.
Para quem quer enfrentar mais trilhas, o Compass pode ser mais apropriado devido à sua altura em relação ao solo de 205 mm, ótimos números, enquanto o Corolla Cross tem 161 mm, bem mais baixo como o irmão sedã. Além disso, o ângulo de entrada do Compass é de 21,5º contra 21º do Cross e ângulo de saída de 30,7º e 36º, respectivamente.
MOTORIZAÇÃO
Apesar de serem SUVs médios com várias semelhanças, a mecânica distingue bastante os dois modelos na teoria, embora, na prática, apresentem semelhanças bem parecidas.
O Toyota Corolla Cross utiliza o motor 2.0 flex aspirado de 16 válvulas, que entrega 167/175 cv de potência a 6.600 rpm (gasolina/etanol) e 20,8 kgfm de torque a 4.400 rpm em ambos os combustíveis. Esse motor, conhecido como Dynamic Force e desenvolvido pela Toyota New Global Architecture, é o mais moderno entre os SUVs.
Ele possui um sistema de injeção dupla: quatro bicos de injeção direta e quatro bicos de injeção indireta, uma tecnologia geralmente encontrada em motores turboalimentados, mas aplicada aqui em um motor aspirado. Além disso, o motor opera com o ciclo Otto, gerando mais potência, e pode emular o ciclo Atkinson, oferecendo maior economia de combustível.
O câmbio também merece destaque. Embora seja um CVT que simula dez velocidades de forma programada, a Toyota incorporou uma inovação. Ele combina o câmbio continuamente variável com uma engrenagem que funciona como uma primeira marcha. Ao arrancar, o veículo utiliza essa engrenagem, eliminando o atraso típico dos CVTs. Após ganhar velocidade, a engrenagem desacopla e o câmbio opera como um CVT tradicional.
Já o Jeep Compass, por sua vez, apresenta o motor 1.3 T270 turboflex de 16 válvulas e injeção direta, que gera 180/185 cv a 3.750 rpm e 27,5 kgfm de torque a 1.750 rpm. Esse motor é uma evolução do 1.3 aspirado do Fiat Argo , com ajustes em injeções e controle de válvulas. A transmissão é automática de seis marchas. Apesar dos números superiores em relação ao SUV japonês, na prática os dois são bem parecidos.
O câmbio que a Jeep utiliza em seu SUV é o automático de seis velocidades com conversor de torque que é fabricado pela própria Toyota.
COMO OS SUVs ANDAM NA CIDADE?
Na cidade, ao dirigir o Corolla Cross, o silêncio na cabine é um destaque. O isolamento acústico é excelente na cidade, com pouco ruído externo. A suspensão, com McPherson na frente e o simples eixo de torção na traseira, evoluiu em relação ao modelo anterior. Antes, era mais rígida e desconfortável, além que os solavancos eram bem perceptíveis. O novo modelo apresenta uma suspensão mais macia e suave, embora ainda seja possível sentir algum desconforto em buracos e valetas pelo fim de curso em alguns momentos.
O Jeep Compass, por outro lado, conta com suspensão independente nas quatro rodas (McPherson na frente e atrás). Sua suspensão e molas são mais firmes e dá a sensação de ser mais dura do que a do Corolla Cross, o que gera maior estabilidade, tirando aquela sensação de chacoalhamento na cabine e não trazendo desconforto dentro da cabine nem solavancos. Embora o isolamento acústico seja bom, o Corolla Cross tem um refinamento superior.
No quesito estacionamento, o Compass oferece uma direção com maior esterçamento, mas ambos os veículos são bons nessa função. Porém, o Jeep possui um sistema de creeping menos calibrado, o que faz o carro se movimentar mais rapidamente quando o motorista tira o pé do acelerador, o que torna a manobra um pouco mais difícil. Contudo, a câmera de ré do Compass é de alta qualidade, superior à do Corolla Cross.
Um ponto positivo do SUV da Toyota é a presença de sensores dianteiros (agora são totalmente e não apenas nas laterais) e traseiros que auxilia no sistema de frenagem automática de emergência em manobras, ausente no Compass, e faz a seguinte função: caso o condutor não pare o carro ao se aproximar de um objeto, o veículo freia automaticamente.
Já o Jeep Compass possui o sistema start-stop, que desliga o motor nos sinais para economizar combustível, algo que o Corolla Cross não tem. Pessoalmente, achei esse sistema no Compass incômodo, pois o motor desliga antes de o carro parar completamente. Isso causa desconforto, especialmente quando o motor reinicia com qualquer movimento no volante ou ao retirar o pé do freio, mesmo com o auto hold ativo.
Em algumas ocasiões, até mesmo a tela multimídia desligou, o que foi desconfortável. Além disso, o sistema não memoriza a desativação, exigindo que seja desligado toda vez que o condutor entra no carro e liga ele. Porém, quem gosta, ele está lá.
Outro sistema, esse sim muito útil para quem tem dificuldade em estacionar e ausente no SUV japonês, é o Park Assist. Este recurso é acionado por um botão localizado abaixo do sistema multimídia. Ao clicar, o Park Assist busca uma vaga disponível. O motorista deve apenas indicar a direção desejada com a seta, enquanto o sistema realiza a manobra automaticamente, sendo necessário apenas moderar o acelerador e o freio.
E NA ESTRADA?
Os motores dos dois SUVs respondem bem na rodovia, com boa integração com os respectivos câmbios. No Corolla Cross, a resposta do câmbio está rápida. O Compass também desempenha bem, e devido ao motor turbo, a resposta pode demorar um pouco mais, dependendo da rotação. No entanto, quando responde, o Compass entrega nitidamente mais força no torque do que o Corolla Cross, com 6,7 kgfm a mais de torque, além de ser em rotações mais baixas. No geral, ambos são decentes em ultrapassagens.
No SUV japonês, o ruído do motor é mais notável e parece mais cansado do que no Compass dependendo da situação. Quando o acelerador é pressionado, o som do motor é mais perceptível dentro da cabine, o que não pode ser tão agradável para alguns consumidores, já que pode demonstrar um “certo cansaço”. O grande motivo disso fica pelo câmbio CVT que "grita" mais que os outros.
Ambos os veículos são estáveis em velocidade de cruzeiro e agradáveis de dirigir. Em velocidades mais altas, o Compass, por ser mais alto, gera uma rolagem de carroceria mais notável, embora isso seja quase imperceptível no uso diário, devido à suspensão firme. O Corolla Cross, por estar mais baixo, oferece maior estabilidade da carroceria. No geral, os dois cumprem muito bem o trabalho de conforto e boa dirigibilidade na estrada.
O volante dos dois carros oferece boa comunicação, com resposta rápida e precisa para desviar de obstáculos. No entanto, o Corolla Cross se destaca por ser ligeiramente mais estável e responder um pouco mais rápido, com uma diferença mínima.
Em curvas, ambos são competentes e seguros, mas o Corolla Cross se sai melhor devido à sua menor altura e peso mais leve, com 1.420 kg em comparação com 1.585 kg do Compass. Isso torna o Corolla Cross mais ágil nas manobras. Além disso, os controles eletrônicos do Compass seguram mais o carro em curva e dá uma leve sensação de estar mais preso.
Já o isolamento acústico do Corolla Cross é superior também na estrada, já que ele consegue filtrar melhor os ruídos de vento e rodagem em velocidades altas. O Compass permite que mais ruídos entrem na cabine, especialmente em alta velocidade. Porém o som de rodagem do pneu no asfalto do Corolla Cross também é perceptível.
Em termos de freios, os dois modelos são eficazes e sensíveis. Já o 0 a 100 km/h, o Corolla Cross vai de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos, enquanto o Compass faz em 9,6 segundos. Números melhores do que as montadoras divulgam, 10,3 segundos e 9,8 segundos respectivamente.
CONSUMO
O Inmetro informa que os veículos apresentam os seguintes consumos: na gasolina, o Corolla Cross faz 11,6 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada, enquanto o Compass alcança 10,1 km/l na cidade e 12 km/l na estrada. Com etanol, o Corolla Cross reduz para 8,2 km/l e 9,3 km/l, respectivamente, e o Compass para 7,2 km/l e 8,7 km/l.
Em nossos testes, recebemos os carros com combustíveis diferentes, portanto, as medições não utilizam os mesmos combustíveis. O Corolla Cross, com etanol, obteve 8,5 km/l na cidade e 9,7 km/l na estrada. O Compass, com gasolina, fez 8,2 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada.
Assim, o Corolla Cross se mostra mais econômico comparado ao Compass. No entanto, o Compass tem uma vantagem considerável: seu tanque de combustível é 8 litros maior, com capacidade para 55 litros, enquanto o Corolla Cross comporta 47 litros. Essa diferença pode gerar até 35 km a mais de autonomia para o Compass.
ACABAMENTO E POSIÇÃO PARA DIRIGIR
O Corolla Cross tem recebido críticas desde sua estreia por ter um acabamento inferior ao do sedã da marca. No facelift, o modelo mantém o design semelhante, com o tabelier em plástico rígido e parte do painel revestido macio. A parte superior das portas dianteiras e traseiras possuem acabamento macio e bom acolchoamento para os braços.
O Compass, por outro lado, apresenta um tabelier macio com revestimento soft-touch, mas o plástico usado no painel, nesta versão, não aparenta ser da melhor qualidade. As portas, dianteiras e traseiras, são revestidas e também oferecem bom acolchoamento. A principal diferença é o console central elevado do Compass, que dá um ar de maior refinamento e melhor ergonomia.
É possível notar uma construção e materiais de melhor qualidade no Corolla Cross em algumas peças. O acabamento está bem fixo, sem saliências. Embora o Compass também tenha um bom acabamento, alguns materiais parecem ser de qualidade inferior.
Em termos de ergonomia, as diferenças entre os dois veículos são bem individuais para quem observa os detalhes. Para quem prefere dirigir carros mais altos, o Compass oferece uma sensação de maior altura e superioridade em comparação com o Corolla Cross. No entanto, o carro da Toyota apresenta um campo de visão melhor, com janelas e para-brisa maiores. Além disso, o capô mais reto oferece uma visão mais clara da área à frente do veículo, o que facilita ao estacionar.
No que diz respeito aos bancos, pessoas de estatura maior podem achar o banco do Corolla Cross mais confortável. O assento é mais largo e confortável, com menos espuma em comparação ao Compass. No Jeep, as abas laterais do banco são mais fechadas, o que pode causar uma sensação de aperto e a espuma pode pressionar mais a lombar.
A posição elevada do banco no Compass também pode exigir mais esforço das pernas durante a condução e não permite um ajuste para trás tão amplo (para pessoas grandes). Por outro lado, o Corolla Cross, na versão topo de linha, conta com ajustes elétricos que permitem regular a altura do assento, o que oferece um melhor conforto para as coxas e uma sensação de maior espaço para pessoas maiores.
A ergonomia de dirigir é boa em ambos os veículos e segue o padrão típico dos SUVs. No Corolla Cross, todos os controles e o sistema multimídia estão bem posicionados, permitindo fácil acesso sem a necessidade de se esticar, mesmo com o banco totalmente recuado. No Jeep, os controles também estão ao alcance, mas o multimídia pode exigir um pouco mais de esforço para operar por estar em um ângulo não reto. O Compass oferece uma regulagem de profundidade do volante bem mais extensa que o Corolla Cross.
PAINEL DE INSTRUMENTOS, MULTIMÍDIA E EQUIPAMENTOS
O Toyota Corolla Cross, neste novo facelift, traz o tão esperado painel de instrumentos digital de 12,1 polegadas, semelhante ao do irmão sedã. A qualidade é boa e a interface é intuitiva, com várias opções de personalização e informações úteis sobre o veículo. A navegação pelo painel é fácil, e ele oferece uma visualização clara e organizada dos dados.
Por outro lado, o Jeep Compass, nesta versão Night Eagle, possui um painel de instrumentos digital de 10,25”, que supera o do Corolla Cross em termos de informações e funcionalidades. Ele exibe dados mais detalhados como pressão dos pneus, nível de óleo, condição da bateria entre outros. A qualidade também é boa, e as opções de personalização são extensivas.
No que diz respeito a central multimídia, ambos oferecem conexão com Apple CarPlay e Android Auto sem fio. O Corolla Cross mantém o mesmo modelo de 10” A interface aparentou estar mais refinada em comparação com versões anteriores, sem aqueles bugs encontrados no aplicativo Waze. No entanto, está longe de ser completa quanto o sistema do Jeep Compass.
O Compass vem com uma tela de 10,1” com o sistema Uconnect. A tela é altamente responsiva e permite diversas personalizações, além de ter um mapa nativo rápido e importante. É possível ver e mexer em diversas configurações do veículo.
Por fim, no quesito áudio, a versão Night Eagle do Jeep Compass se destaca pelo sistema de som assinado pela Beats. A qualidade do som é excepcional, com graves e médios excelentes. Embora o Corolla Cross também ofereça um sistema de som de bom, o do Compass possui outro nível.
Ambos os veículos vêm com ar-condicionado de duas zonas, o Corolla Cross agora inclui o carregamento de celular por indução, um recurso que já estava presente no Compass. Além disso, o SUV da Toyota atualizou seu sistema de freio de estacionamento, substituindo o modelo acionado pelo pé pelo ótimo freio de estacionamento eletrônico com sistema auto hold, assim como o Compass.
No entanto, o Corolla Cross não possui a função auto hold com memorizador, obrigando o motorista a reativá-lo sempre que o carro é ligado.
Ambos os modelos são equipados com faróis automáticos, sensores de chuva, trocas de marcha no volante, retrovisores fotocrômicos, e externos que rebatem eletricamente. O Corolla Cross, nesta versão, oferece teto solar, um item opcional no Compass, que exige um custo adicional de R$ 10.000.
O porta-malas do Corolla Cross também possui abertura e fechamento elétricos, enquanto a chave presencial é padrão em ambos os veículos. No Compass, a chave permite acionar o motor remotamente, uma funcionalidade não tem no SUV japonês. Além disso, o Compass oferece acesso a informações do veículo e comandos através de um aplicativo, algo que o Toyota ainda não possui.
SEGURANÇA
Em termos de airbags, o Toyota Corolla Cross se destaca com um a mais do que o Jeep Compass, totalizando sete airbags contra seis. Ambos os modelos receberam nota máxima nos testes de colisão. Eles vêm equipados com freio ABS, controle de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, faróis em LED com regulagem de altura e faróis automáticos com comutação.
O Corolla Cross inclui alerta de ponto cego, recurso ausente no Compass nesta versão. Porém, ambos os veículos possuem piloto automático adaptativo Stop & Go. No uso urbano, senti o Compass apresentar uma calibração mais suave para o piloto automático, enquanto o Corolla Cross pode ter freadas mais bruscas. Na estrada, os dois funcionam super bem.
Além disso, ambos os veículos contam com assistente de saída de faixa com centralização, alerta de colisão frontal com frenagem automática. O Corolla Cross ainda possui alerta de tráfego cruzado, enquanto o Compass não tem esse recurso, devido a ausência do ponto cego. A frenagem automática em manobras, como já citado, também está disponível apenas no Corolla Cross.
VENCEDOR E O RESUMO DA ÓPERA
Como deu pra perceber, essa matéria ficou bem longa, mas isso foi necessário para detalhar cada aspecto dos dois veículos que são bem parecidos no final das contas. Com o novo facelift do Corolla Cross, ele está mais competitivo em relação ao Compass, especialmente em termos de equipamentos e conforto que estava bem atrás.
No geral, os dois carros oferecem um desempenho e características muito semelhantes. Se analisarmos os detalhes por detalhes, o Corolla Cross possui um porta-malas mais espaçoso, enquanto o Jeep Compass se destaca pelo espaço no banco traseiro.
Para quem valoriza uma posição de dirigir mais alta, o Compass é mais indicado, especialmente para quem enfrenta trilhas e terrenos mais acidentados. Além também da suspensão independente que traz um pouco mais de conforto.
Em termos de desempenho, ambos são bem equilibrados, apesar de o Compass ter uma ligeira vantagem de torque. Porém, o Corolla Cross, com suas atualizações recentes, nestas versões testadas e preço, se sai melhor neste comparativo, especialmente contra a versão Night Eagle do Compass.
Mas vale lembrar que o Compass oferece uma gama maior de versões, o que pode atrair mais consumidores, e possui um pouco mais de vendas diretas, o que pode impulsionar mais os seus números nas vendas.
Mas a pergunta que fica é: vale a pena investir em um SUV médio ou considerar um SUV compacto como o Hyundai Creta, que oferece mais equipamentos, quase o mesmo espaço, por um preço menor? Outras opções como o Chery Tiggo 7 Sport com 525 litros de porta-malas, ou esperar a nova geração do Peugeot 2008 que chegará em breve?
O Honda HR-V também deve ser considerado pela boa potência e equipamentos. O Corolla Cross, apesar de ser mais barato e oferecer um bom custo-benefício, não é necessariamente a melhor escolha para todos. Porém, neste comparativo, aparenta ser.