Linha 2025 do GWM ORA 03
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Linha 2025 do GWM ORA 03

Os  veículos elétricoshíbridos possuem uma tecnologia que transforma o que seria um desperdício de energia em economia: a frenagem regenerativa. Este sistema permite que o carro recupere parte da energia durante as desacelerações e frenagens, recarregando as  baterias e aumentando a autonomia.

A frenagem regenerativa funciona a partir de um princípio relativamente simples. O motor elétrico que impulsiona o veículo possui uma característica especial: ele pode trabalhar tanto como propulsor quanto como gerador de eletricidade.

Quando o motorista alivia a pressão no acelerador ou pressiona levemente o freio, um sensor envia sinais para um módulo eletrônico que converte o motor em um gerador. Nesse momento, a energia cinética (do movimento das rodas) é transformada em energia elétrica, que é direcionada para as baterias.

O propulsor elétrico também trabalha como gerador de eletricidade, corroborando na autonomia do veículo. Em condições ideais, esse sistema pode recuperar até 40% da energia utilizada para movimentar o carro.

Benefícios além da economia de energia

A tecnologia traz vantagens adicionais aos proprietários de veículos elétricos. Uma delas é a redução significativa no desgaste dos componentes de fricção convencionais, como pastilhas e discos de freio.

Isso acontece porque em frenagens leves e médias, o sistema regenerativo é predominante, deixando os freios mecânicos como coadjuvantes. Os freios tradicionais só entram em ação plena quando é necessária uma parada mais brusca ou emergencial.

Alguns modelos mais avançados permitem inclusive a condução com apenas um pedal, onde o motorista controla aceleração e frenagem modulando apenas o acelerador - ao soltá-lo, o sistema regenerativo atua automaticamente.

Exemplos impressionantes

A eficiência do sistema pode ser observada em casos como o do Porsche Taycan. Segundo a fabricante alemã, o sistema regenerativo atua em 90% das frenagens do veículo e pode acrescentar até quatro quilômetros de autonomia em uma única frenagem, quando desacelera de 200 km/h até a parada total.

Em trechos de descida, como em serras, o sistema funciona como um potente freio-motor, controlando a velocidade e simultaneamente recarregando as baterias - uma situação onde os carros convencionais apenas desperdiçariam essa energia em forma de calor nos freios.

Limitações do sistema

Apesar dos benefícios, a frenagem regenerativa possui algumas limitações. A principal delas ocorre quando a bateria está completamente carregada. Nessa situação, o sistema não pode armazenar mais energia e, por segurança, desativa a função regenerativa.

"A bateria, assim como um tanque de combustível, não é capaz de armazenar eletricidade além da sua capacidade", explica um engenheiro do setor. Qualquer tentativa de sobrecarga poderia causar superaquecimento ou danos ao sistema.

Condução eficiente

Para maximizar os benefícios da frenagem regenerativa, especialistas recomendam um estilo de direção que antecipa paradas e utiliza desacelerações suaves. Essa técnica, conhecida como "eco-driving", permite recuperar mais energia durante o trajeto.

Com o uso adequado do sistema, motoristas podem ganhar cerca de um terço do trajeto completo apenas com a energia recuperada pela frenagem regenerativa, representando uma economia significativa e contribuindo para uma mobilidade mais sustentável.

A tecnologia de frenagem regenerativa é um exemplo de como os veículos elétricos não apenas reduzem emissões durante o uso, mas também aproveitam recursos de forma mais eficiente, transformando o que seria desperdício em autonomia adicional.

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