Tesla Model Y
Tesla Motors
Tesla Model Y

O Senado dos Estados Unidos confirmou nesta quinta-feira (18) Jonathan Morrison como chefe da Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA).

A agência, equivalente ao Denatran no Brasil, terá liderança permanente pela primeira vez em três anos e já ampliou investigações sobre falhas em veículos da Tesla.

A confirmação ocorreu por 51 votos a 47 e dá a Morrison a responsabilidade de analisar cerca de 2,4 milhões de veículos da Tesla investigados desde outubro de 2023.

O prazo para as apurações se estende até 2025, enquanto montadoras reclamam da lentidão regulatória e defensores pedem medidas mais firmes.

Função da NHTSA e impacto na indústria

A NHTSA atua como principal reguladora de segurança automotiva dos Estados Unidos.

Suas decisões podem influenciar recall de veículos, definição de padrões técnicos e aprovação de novas tecnologias, como sistemas de condução autônoma.

Para montadoras globais, inclusive as que atuam no Brasil, eventuais determinações tendem a afetar custos e cronogramas de produção.

Desde agosto, a agência também passou a certificar veículos autônomos, como o modelo Zoox da Amazon, e anunciou que revisará normas que ainda pressupõem motorista humano no comando.

Esse movimento pode abrir espaço para aceleração do setor, mas também gera críticas de quem teme falhas em larga escala.

Investigações em andamento contra a Tesla

As apurações da NHTSA incluem relatos de travamento das maçanetas eletrônicas do Model Y, que podem impedir a saída de passageiros em caso de emergência.

Outro inquérito examina atrasos na comunicação de acidentes envolvendo sistemas de assistência avançada, prática obrigatória pela legislação estadunidense.

Há ainda investigação sobre a função que permite mover veículos remotamente, após registros de colisões. Até o momento, a Tesla não se manifestou publicamente sobre os casos.

O secretário de Transportes, Sean Duffy, declarou que pretende acelerar a implantação de veículos autônomos.

Já a Alliance for Automotive Innovation, entidade que reúne grandes montadoras, afirmou à Reuters que apoia uma agência mais ativa, desde que as regras não impeçam inovação tecnológica.

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