No início do mês, Brasil e Argentina assinaram um acordo de convergência da indústria automotiva. A nova cláusula estabelece um alinhamento nos procedimentos que serão adotados nos próximos anos, uma vez que 60% dos veículos vendidos na Argentina são fabricados no Brasil. Mas há outros fatos interessantes sobre os carros vendidos no país vizinho.
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Apesar de sermos os maiores fornecedores de veículos para os hermanos, eles ainda têm mais opções no mercado que os brasileiros. Partindo disso, mostramos os cinco carros argentinos mais legais que não serão vendidos no Brasil. Alguns são dignos de ficar chupando o dedo.
1 - VW Jetta GLi
O sedã Jetta foi atração da Volkswagen no Salão de Detroit (EUA), em janeiro deste ano. Apresentado apenas na versão convencional, a marca ficou devendo o modelo esportivo GLi que traz pacote apimentado e o mesmo motor 2.0, do Golf GTI. Isso acontecerá no começo de 2019, e mesmo sem ter aparecido para o público, a versão esportiva do Jetta já está confirmada na Argentina.
É uma pena que o modelo dificilmente será vendido no Brasil. Para desfilar com um sedã esportivo por aqui, um comprador tem que desembolsar uma boa grana por modelos premium como Subaru WRX, Audi RS3, BMW M3 e companhia. O Jetta poderia ser um contraponto neste universo caro. Seu motor 2.0, entrega bons 230 cv de potência e 35,7 kgfm de torque, sempre com câmbio de dupla embreagem, de seis marchas.
2 - DS3 Crossback
O Grupo PSA, detentor das marcas Peugeot, Citroën e DS, tem mais força na Argentina que no Brasil. Por lá, as duas marcas principais chegam a aparecer entre as dez mais vendidas, revelando um bom gosto dos argentinos por carros franceses. A DS teve uma breve passagem pelo Brasil e ainda mantém o sonho de retornar. Os planos, por outro lado, parecem um tanto quanto distantes.
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É certo que o DS3 Crossback será fabricado pelos hermanos. Ele chegará em breve para concorrer com o Mini Countryman e o novo Audi Q2. Por mais que um SUV fosse adequado para um possível retorno da marca premium ao Brasil, o DS3 Crossback ainda não está nos planos do Grupo PSA no mercado brasileiro. Na Europa, o modelo está disponível com motores 1.2 PureTech e 1.5 HDi.
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3 - Renault Dokker
Descontinuado em meados de março na Argentina, o Renault Kangoo finalmente saiu de linha. No mercado desde 1998, era um dos carros mais defasados vendidos tanto no Brasil quando no país vizinho. A Renault, forte na categoria de veículos utilitários, já tinha uma carta na manga. E ela veio diretamente da Romênia.
Sempre que a marca precisa investir em algum mercado subdesenvolvido, recorrem aos projetos da Dacia. A fabricante romena é responsável por carros como Sandero, Logan e Duster, e tem em seu portfólio um modelo no mesmo patamar do Kangoo, chamado Dokker. O utilitário está às vésperas de começar a ser fabricado na Argentina, porém, ainda sem confirmação de que virá ao Brasil. De acordo com o site CarsDrive Córdoba, o utilitário será vendido com o mesmo motor 1.6 SCe, de 110 cv da dupla Logan/Sandero, bem como o 1.5 dCi turbodiesel, de 90 cv.
4 - Fiat 124 Spider
Prepare a dor no coração, pois os argentinos podem comprar o incrível Fiat 124 Spider e você não. A marca italiana, aliás, nunca vendeu um roadster por aqui. O mais próximo que chegaram disso foi durante os anos 90, quando o belo Fiat Coupé desembarcou no Brasil. E apesar do visual italiano agressivo, o Fiat 124 Spider tem material genético japonês.
Ele tem a mesma base do Mazda MX-5. O motor é 1.4 MultiAir, de 166 cv e 25,4 kgfm na versão Abarth, com turbocompressor e sistema de controle de válvulas. Como um bom roadster, a tração é traseira. A versão básica tem câmbio manual de seis marchas, mas também pode vir com caixa automática que jamais compraríamos caso estivesse disponível no Brasil.
5 - Hyundai Veloster
Eis o modelo mais polêmico de nossa lista. Muitas pessoas ficaram decepcionadas quando o Veloster chegou ao Brasil, com motor 1.6, de 128 cv e câmbio automático de seis marchas, no início da década. Mas vale dizer que isso foi uma exclusividade do modelo brasileiro, encomendado pelo Grupo Caoa. No resto do mundo, o modelo vinha equipado com motor 1.6 GDi, com injeção direta de combustível, rendendo 140 cv.
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Fica aqui uma boa notícia para os fãs do Veloster. Por mais que ele ainda não tenha sido confirmado no Brasil, o modelo já foi registrado em patentes. É um bom recomeço para o hatch, que poderia vir com o mesmo motor 1.6 turbo, de 203 cv de potência do modelo coreano e deixar o passado nebuloso de lado. Pelo menos na Argentina, ele chegará em novembro com este conjunto mecânico. Qual dos carros argentinos você compraria?