Às vezes, nos perguntamos o que levam certas pessoas a comprarem carros ruins e de gosto duvidoso. O câmbio não funciona direito, o acabamento faz barulho ainda com baixa quilometragem e o motor não desenvolve potência em subidas. E mesmo assim, as pessoas continuam comprando. Pode parecer exagero, mas alguns carros são tão problemáticos em sua natureza que dão até dor de cabeça no motorista.
LEIA MAIS: Veja 5 carros iguais aos que são vendidos aqui, mas pertencem a outras marcas
A rotina na imprensa automotiva permite que tenhamos a oportunidade de andar nos mais variados tipos de veículos. Nossa média é de aproximadamente cem carros em um ano, sem incluir os modelos que só andamos durante o lançamento e - claro - veículos pessoais. Partindo disso, a reportagem do iG elege cinco carros ruins que dirigimos ao longo dos três últimos anos.
LEIA MAIS: Confira os 10 lançamentos que chegarão ao Brasil até o fim de 2020
1 - TAC Stark
A TAC, fabricante brasileira de utilitários esportivos, voltou a operar em nível nacional. Com a entrada de um novo acionista majoritário, a empresa retorna das cinzas para bater de frente com o sucesso do Troller. É uma pena que o seu único produto, o Stark, seja tão inferior ao jipinho da Ford.. Sendo um projeto 100% brasileiro, o Stark usa peças de vários outros modelos.
LEIA MAIS: Veja os 10 seminovos e usados mais vendidos do Brasil em 2018
É quase como um jogo de adivinhação. O volante, por exemplo, marcou presença em diversos carros da linha Fiat durante a década passada. Quebra-sol, ar-condicionado, alavanca de câmbio, cluster e porta-óculos também vieram da antiga linha Doblò e Palio. Apesar de ser um jipe robusto, o Stark demonstra certa fragilidade no acabamento do interior. O motor 2.3 Turbo Diesel Intercooler (o mesmo da Fiat Ducato) entrega 127 cv e 32 kgfm, com caixa de câmbio manual Eaton, de 5 marchas.
2 - Lifan 530
O sedã Lifan 530 também não poderia ficar de fora da lista dos piores carros que dirigimos nos últimos três anos. Além do espaço apertado, o carro mostra que precisa ter um conjunto mais evoluído. Falta precisão tanto do sistema de freios, quando a direção. Respostas tardias acabam exigindo boa cautela, bem como a falta de fôlego do motor 1.5, de 103 cv.
Ao volante do pequeno sedã também incomoda a falta de assistência no pedal de embreagem e o nível de ruído acima do ideal, o que mostra que poderiam ter dado mais atenção ao isolamento acústico. A estabilidade nas curvas também está longe de ser o ideal, bem como o nível de acabamento, que merecia um pouco mais de capricho, mesmo considerando o preço atraente do carro, que fica em torno de R$ 40 mil.
LEIA MAIS: Veja os 5 sedãs que mais gostamos de dirigir até R$ 70 mil
3 - SsangYong Actyon Sports Diesel
Quando fomos conhecer a nova linha da SsangYong Brasil no final de 2017, foi dito que a Actyon Sports seria o veículo mais procurado nas concessionárias. De acordo com as autoridades da marca coreana, a picape média tem um “status diferenciado” por já ter sido vendida no Brasil.
LEIA MAIS: Veja 5 sedãs médios seminovos pelo preço de compactos zero quilômetro
Nos últimos anos, vimos o interior das picapes cada vez mais próximo dos sedãs ou SUVs compactos. Mas, no caso da Actyon Sports, parece que a fabricante coreana não ligou para esse processo de urbanização, uma vez que fica evidente que você está sentando em um utilitário. Mesmo com ajustes elétricos para o banco do motorista, foi difícil achar uma posição confortável para guiar. O raio de giro dificulta na hora de manobrar, além do acerto de suspensão que não é dos mais estáveis.
LEIA MAIS: Conheça os 5 scooters mais baratos disponíveis no Brasil
4 - Renault Captur 2.0 Intense AT4
Quando a Renault decidiu lançar o Captur com motor 2.0 e um antiquado câmbio automático de quatro marchas no começo de 2017, todos os entendidos torceram o nariz. Enquanto alguns concorrentes já apareciam com transmissões bem mais modernas (o Renegade chega a ter nove velocidades), a Renault regrediu com a adoção do conjunto mecânico. Talvez esta seja uma das maiores pisadas de bola dos últimos anos, tanto é que essa versão acaba de sair de linha.
LEIA MAIS: Veja 5 modelos seminovos de sete lugares que custam até R$ 80 mil
Equipado com motor 2.0 de 148 cv de potência a 5.750 rpm e 20,9 kgfm de torque a 4.000 rpm (o mesmo do Sandero RS), o Captur Intense também não era dos melhores quando o quesito é beber combustível. de acordo com o Inmetro, faz 6,2 km/l na cidade e 7,3 km/l na estrada com etanol. Com combustível fóssil, o número vai para 8,8 km/l e 10,8 km/l.
5 - Fiat Grand Siena 1.0 Attractive
O longevo Fiat Grand Siena foi “rebaixado” na linha da marca. Com a chegada do Cronos, o modelo passou a estar disponível apenas na versão 1.0 manual. Além de não ser dos carros mais requintados e confortáveis, também acaba entrando para a lista dos modelos mais lentos do mercado.
LEIA MAIS: Veja 5 razões para comprar VW Saveiro e não a líder da categoria Fiat Strada
Seu motor 1.0 de quatro cilindros desenvolve 75 cv de potência e 9,9 kgfm de torque não é dos mais fortes, levando eternos 15,8 segundos para chegar aos 100 km/h. O câmbio é manual de cinco marchas, fazendo o carro marcar 7,9 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada com etanol, bem como 11,2 km/l na cidade e 13,6 km/l na estrada, com gasolina. Destaque para o porta-malas de 520 litros entre os carros ruins .