O número de ocorrências de roubo de automóveis, caminhonetes e utilitários cresceu 23,74% nos quatro primeiros meses de 2022, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram 21.249 roubos. Confira a seguir os 10 modelos mais roubados em São Paulo, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) no primeiro quadrimestre de 2022.
O modelo caiu nas graças do público e também dos criminosos devido a sua farta oferta no mercado brasileiro, aliada ao baixo custo de manutenção. A versão com motor 1.0 flex de três cilindros e 12 válvulas da família Kappa (75/80 cv de potência e 9,4/10,2 kgf.m de torque (gasolina/etanol)) nesta versão hatch é acompanhada de câmbio manual de cinco marchas.
Com manutenção barata, o Onix caiu nas graças dos motoristas de aplicativos e trabalhadores que dependem do carro como ferramenta de trabalho e é aí que mora o perigo. O modelo na versão básica ficou na segunda posição entre os carros mais roubados nos primeiros quatro meses com 84 unidades, uma variação de +53,00% comparado ao mesmo período de 2021.
Com baixo consumo de combustível e design que agrada, o hatch da Fiat é o melhor lançamento da Fiat em anos, a exemplo da Toro. Substituto de Punto e Bravo – mais especificamente, o Argo Drive 1.0, sofreu uma variação de +21,31%, com 74 unidades roubadas nos primeiros quatro meses de 2022 contra 61 em 2021 no mesmo período.
O SUVs vêm tendo bom espaço nas garagens e ao mesmo tempo vem sumindo por conta dos roubos. O Creta, por exemplo é o mais roubado do segmento com 70 unidades. “Os SUVs, por serem veículos mais caros e luxuosos, proporcionalmente possuem peças com valores mais altos, e isso é levado em consideração também no mercado ilegal dos desmanches”, destaca ocoordenador do Comando de Operações do Grupo Tracker, Vitor Corrêa.
A confiabilidade na marca forte e estabelecida no Brasil e suas peças caras têm se tornado um alvo fácil para quadrilhas especializadas, o que aponta como o segundo SUV mais roubado dessa lista. Segundo o Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da Fecap, o estudo feito apontou 62 unidades, contra 26 unidades nos primeiros quatro meses de 2022 e 2021, nessa ordem.
O modelo tem tido uma boa aceitação e prova disso está na sua economia. O hatch com motor 1.0, por exemplo, que rende até 82 cv de potência aliado ao câmbio manual de seis marchas, garante 8,8 km/l na cidade e 10,5 na estrada (etanol) e 12,9 km/l na cidade e 15,3 km/l na estrada (gasolina), motivos suficientes para ser alvo fácil de ladrões.
Ele está entre os 10 mais vendidos e econômicos na ala dos seminovos, o que traz como ‘desvantagem’ o selo de figurinha tarimbada dos 10 mais roubados também. Conta com motores de três cilindros 1.0 TiVCT flex e câmbio manual de cinco marchas. É capaz de fazer 9,2 km/l no ciclo urbano e 10,8 km/l no rodoviário (etanol), ou 13,5 km/l e 15,7 km/l (gasolina).
O hatch mais antigo sempre foi vítima entre os modelos mais roubados no Brasil, explicado pela farta oferta de versões e abastecimento de peças, o que movimenta também o mercado negro impulsionada pela alta competitividade nos valores das peças tanto nas concessionárias, quanto no paralelo, e que faz dele também um dos carros com seguro mais caro.
Ele pertence ao seleto grupo dos carros que mais valorizaram com a alta dos preços dos novos, acordando o de seminovos em 23,5% na valorização. No caso do Uno, a popularidade vem com a sua robustez mecânica, cesta básica de peças barata e baixo consumo de combustível. Por exemplo, com motor 1.3 Firefly de 109 cv e 14,2 kgfm, faz 13 km/l na cidade e 15 km/l na estrada, com gasolina. No etanol, faz 9,3 km/l na cidade e 11 km/l na estrada.
Por último, mas não menos preocupante vem o HR-V cuja nova geração está prevista para o ano que vem. Ele tem boa fama, ostenta a excelente confiabilidade dos carros japoneses, tem baixo consumo de combustível e é um SUV, motivos suficientes para atrair a atenção de pessoas más intencionadas em abastecer o mercado negro de peças.