Nova geração do Chevrolet Tracker é um dos modelos montados na fábrica de São Caetano do Sul (SP)
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Nova geração do Chevrolet Tracker é um dos modelos montados na fábrica de São Caetano do Sul (SP)

A General Motors inicia nesta terça-feira (5) um Programa de Demissão Voluntária (PDV) nas suas três fábricas em São Paulo para desligar 1.200 funcionários até o dia 12 de dezembro . O programa acontece após a  Justiça do Trabalho cancelar as 1.244 demissões que a fabricante realizou em outubro.

O PDV foi negociado com os sindicatos dos trabalhadores das fábricas de São Caetano do Sul , São José dos Campos e Mogi das Cruzes para atingir o número de demissões realizadas em outubro. Os funcionários das três plantas entraram em greve durante 17 dias , suspensa no dia 8 de novembro.

Segundo os Sindicatos, o acordo prevê que funcionários com 1 a 6 anos de empresa que aceitarem o PDV irão receber 6 meses de salário, adicional de R$ 15 mil e plano médico de 3 meses ou R$ 6 mil . Os empregados com mais de 7 anos de vínculo terão direito a 5 meses de salário, um Ônix Hatch LS ou R$ 85 mil, além de plano médico de 6 meses ou R$ 12 mil .

O programa irá contemplar inicialmente pelos funcionários que estão de licença remunerada, mas a partir do dia 8 poderá ser aceito pelos demais funcionários, caso o número total não seja atingido. Para cada funcionário regular que aceitar o programa de demissão voluntária, um funcionário licenciado irá retornar ao posto de trabalho

Chevrolet S10 é atualmente produzida em São José dos Campos
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Chevrolet S10 é atualmente produzida em São José dos Campos

O acordo prevê ainda a garantia provisória de emprego até o dia 3 de maio de 2024 , exceto em casos de demissão por justa causa.

Os funcionários irão compensar cinco dos 17 dias de greve até o dia 30 de junho de 2024, dependendo da demanda de produção das fábricas. Além disso, os dias de greve não serão registrados nas metas de absenteísmo, segundo informou o sindicato dos metalúrgicos de São Caetano do Sul.

De acordo com Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, que é Presidente do Sindicato dos metalúrgicos de São Caetano do Sul, o acordo é benéfico para os funcionários e também para a empresa:

“A proposta que resultou em acordo e construída com muita discussão entre as partes possui um caráter positivo diante da atual conjuntura econômica e que, diferentemente da proposta anterior de PDV feita pela empresa, o acordo aprovado resultou em uma série de benefícios em termos econômicos, com destaque para a estabilidade de 5 meses aos que permanecerem na empresa”.

Já para Renato Almeida, secretário-geral do sindicato de São José dos Campos, o Programa de Demissão Voluntária já era considerado uma alternativa às demissões de outubro , mas garante que o grupo ficará atento à qualquer tentativa da GM de realizar novas demissões:

“O Sindicato é contra qualquer fechamento de postos de trabalho, mas o PDV já era uma pauta nossa como alternativa às demissões arbitrárias que chegaram a ser feitas pela GM. O PDV, entretanto, não coloca um ponto final na luta em defesa dos empregos. Estaremos atentos a qualquer movimentação da empresa no sentido de realizar novos cortes. Combatemos de forma permanente toda medida que seja prejudicial aos trabalhadores”, declarou.

Em São Paulo, a Chevrolet conta com três fábricas: 

São José dos Campos conta com cerca de 4 mil funcionários, responsáveis pela produção de S10  e Trailblazer . Em Mogi das Cruzes , mais de 480 pessoas trabalham na fabricação de peças de reposição dos veículos da marca, enquanto São Caetano do Sul emprega mais de 7 mil pessoas , que prouzem SpinTracker e Montana .

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