Lojista pensou em oferecer produto exclusivo, mas acabou processado pela Volks
Divulgação/Volkswagen
Lojista pensou em oferecer produto exclusivo, mas acabou processado pela Volks

Quem nunca comparou os preços dos carros no Brasil com os vendidos em outros países ? Ou até mesmo pensou em importar algum modelo exclusivo vendido em um país vizinho ? Um lojista alemão importou unidades do Volkswagen ID.6 , e está sendo processado pela fabricante.

O lojista Gregory Brudny, é o homem responsável pelo imbróglio. Dono de uma concessionária Volkswagen , o empresário viu o ID.6 na China e pensou que seus consumidores poderiam se interessar pelo novo produto. O empresário afirma que adquiriu os veículos de forma legal através da VW-FAW , uma joint-venture da Volks na China.

Valores 85% mais baratos

O motivo da compra dos veículos não foi revelado, entretanto, vale destacar que os preços dos carros na China são bem mais baratos do que na Europa e até mesmo na América . É até por isso que os  carros chineses que chegam ao mercado brasileiro chegam com preços tão competitivos .

Para comparação, o Volkswagen ID.7 Vizzion é vendido no mercado chinês por 237.700 yuans, cerca de 30.800 Euros (R$ 164.685,83 na conversão atual). O modelo equivalente na Alemanha, o ID.7 , custa 56.995 Euros , ou seja, 85% mais caro que o “irmão” chinês .

Como é o Volkswagen ID.6

SUV é exclusivo do mercado chinês
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SUV é exclusivo do mercado chinês

Oferecido exclusivamente no mercado chinês , o ID.6 é uma versão maior do ID.4 . Produzidos a partir da mesma plataforma, os dois modelos compartilham muitas peças, até mesmo o visual, mas, logicamente, o 6 é maior que o 4 .

O ID.6 mede 4,87 m de comprimento, 1,84 m de largura, 1,68 m de altura e entre-eixos de 2,96 m; por sua vez, o ID.4 registra 4,58 m, 1,85m , 1,63 m e 2,76 m nos mesmos quesitos. Os modelos apresentam também diferenças em potência , torque e alcance .

O ID.6 é oferecido em duas versões na China: ID.6 X e ID.6 Crozz , custando o equivalente a  33.700 Euros , enquanto o ID.4 custa 40.335 Euros .

O revendedor acreditou que seria fácil adaptar os veículos para venda no mercado alemão. A reportagem do Automobilwoche  afirma que foram necessárias apenas modificações no software e atualizações para conseguir a autorização legal para comercializar os modelos na Alemanha.

Volkswagen não gostou da ideia

Diferenças entre versões são bem pequenas e dependem de qual joint-venture fabrica o carro, FAW ou SAIC
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Diferenças entre versões são bem pequenas e dependem de qual joint-venture fabrica o carro, FAW ou SAIC

Ao tentar anunciar os veículos para a venda, o lojista foi impedido através de uma liminar temporária emitida pela Volkswagen . Após isso, veio o processo judicial , onde a justiça alemã determinou a apreensão das unidades . A Volkswagen, por sua vez, deseja que os carros sejam destruídos .

Segundo a VW, os modelos produzidos na China são diferentes dos modelos vendidos na Europa e não contam com alguns equipamentos tidos pela legislação europeia como obrigatórios , como um sistema de ligação para autoridades em casos de emergência .

O lojista afirma que os carros foram importados de forma legal e contam com o aval das autoridades alemãs para rodar no país, portanto, esse argumento não deveria ser um empecilho.

Recentemente, os veículos chineses estão passando por uma guerra de preços, e junto dos custos de produção menores, ajudam aos carros produzidos no país a conseguirem preços muito mais acessíveis.

Interior do Volkswagen ID.6 é similar aos demais modelos da linha ID
Divulgação
Interior do Volkswagen ID.6 é similar aos demais modelos da linha ID

Brundy acredita que conseguirá comercializar os veículos em seu país e que ainda terá lucro na transação, mesmo com os custos de transporte da China para a Alemanha.

O empresário acredita que a marca o está fazendo de exemplo para que nenhum outro concessionário tente importar veículos produzidos em território chinês.

A estimativa é que o concessionário esteja pagando 8 mil euros (R$ 42.814,83) para manter os veículos guardados e deverá gastar 15 mil euros  (R$ 80.277,80) para destruir cada unidade  se a ordem judicial ordenar.

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