Os sedãs estão encolhendo. Não de tamanho nem de potência. Isso não. Mas em relação à fatia do mercado mundial de automóveis que ocupa. Sucesso de vendas nos anos 90 e 2000, os sedãs grandes (chamados até de banheiras) vêm perdendo espaço diante da crescente popularidade dos utilitários esportivos e das picapes. Ford e General Motors, por exemplo, anunciaram recentemente uma diminuição de investimentos na categoria dos “full-size”.
LEIA MAIS: Fabricantes se unem para lançar inovações
Ainda assim, os sedãs grandes ainda parecem ganhar novo fôlego. Primeiro devido a suas características básicas: são elegantes, espaçosos, oferecem bom desempenho e muitos têm agora versão híbrida, funcionando com um motor a gasolina e outro elétrico. Segundo, por causa da nova geração de sedãs que não são exatamente carros de altíssimo luxo, mas que oferecem bastante conforto no uso diário. São os chamados “quase luxo”.
No Salão de Detroit último, a Volkswagen, por exemplo, apresentou o Passat 2020 para o mercado americano - seu visual impactante deverá influenciar o design do modelo europeu, de onde é importada a versão vendida no Brasil. Ele não é tecnicamente um full-size, mas tem um jeitão americanizado e agradou os visitantes do show.
LEIA MAIS: Conheça as novas gerações de carros híbridos e elétricos apresentadas em Detroit
Um concorrente dele que merece a menção é o Kia Cadenza, cujas vendas no mercado brasileiro são inexpressivas. Trata-se de um modelo atraente, com interior espaçoso, motor V6 e tecnologia de segurança que inclui aviso de ponto cego e de colisão frontal, controle de cruzeiro adaptativo, assistência no estacionamento traseiro e frenagem de emergência automatizada.
Outra boa opção do segmento full-size é o superelegante Nissan Maxima. Com uma cabine espaçosa e luxuosa e um potente motor V-6, ele pertence à categoria “4DSC" (carro esportivo de quatro portas). Seu interior tem tela de entretenimento com acesso aos sistemas Apple CarPlay, Android Auto, Amazon Alexa e Google Assistant. Ponto!
LEIA MAIS: Manobrista automático e carros que “conversam” entre são apostas no CES 2019
Na linha “luxo despretensioso” temos o Toyota Avalon. Maior que o Camry (modelo atualmente vendido pela marca no Brasil), o Avalon tem aparência esportiva e vem com um motor V-6 de 301 cv e tração dianteira, combinação boa o suficiente para fazer de zero a 100 km em 6,1 segundos. Há também um modelo híbrido na linha.\
Sedãs grandes no mercado brasileiro
É claro que quando se fala de sedãs de luxo, tanto médios quanto grandes, a preferência no Brasil recai sobre marcas premium como Mercedes Bens, BMW, Audi, Volvo e Jaguar. Por aqui, o segmento teve uma queda superior a 56% em 2018 em relação ao ano anterior.
LEIA MAIS: SUVS e picapes que fazem sucesso no exterior e esperamos que cheguem ao Brasil
A liderança entre os “full size”, ou seja os sedãs grandes , é da Mercedes-Benz com baixíssimo volume de venda - no caso, o modelo Mercedes Class E, que disputa preferência dos consumidores com o BMW Série 5 . Ou seja, por aqui, a categoria dos sedãs grandes permanece na preferência de quem tem um sonho de consumo e aprecia a elegância de um bom sedã.