O que é, o que é? Um país que vende 100 mil carros elétricos por mês? Não surpreende que se trate da China, o maior mercado de automóveis do mundo, onde carros ecológicos circulam com placas verdes e mais de dez fábricas produzem automóveis do tipo. Com esse enorme volume de vendas e muitos incentivos fiscais, é natural que as grandes fabricantes aproveitem o Salão de Xangai para apresentar muitas novidades no segmento de híbridos e elétricos.
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No próximo dia 18, começa o maior evento automotivo asiático. Lá n o Salão de Xangai , a Renault vai apresentar o seu novo carro global elétrico City K-ZE, um SUV urbano compacto. Ele usa a nova plataforma CMF A, desenvolvida em conjunto com a Nissan, a mesma do atual modelo Kwid.
Por sua vez, a Nissan anunciou que exibirá o novo crossover IM eletrificado e que pode ser usado também com condução autônoma. As primeiras imagens mostram que o carro terá a bateria localizada sob o corpo do veículo e junto com uma distância entre eixos estendida, o que permite ter uma cabine elevada e espaçosa, além de um design inovador. No modo de condução autônoma, o IM possui operação totalmente sem mãos. No modo manual, permite uma condução de alto desempenho de um veículo elétrico.
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No segmento de carros híbridos, a Ford deve apresentar o novo crossover médio Escape Hybrid 2020. Para o mercado chinês, o modelo pode ter um incremento no comprimento com um entre eixo mais espichado para concorrer com Toyota RAV4, Honda CR-V e Nissan Rogue naquele país asiático. A versão global poderá chegar ao Brasil importado da Ford nos Estados Unidos.
A Mercedes vai mostrar seu novo futuro utilitário esportivo para ser rival do BMW X1. Chamado de GLB, ele será baseado na mesma plataforma do hatchback Classe A da marca. No evento de Xangai, será ainda pré-apresentado em forma conceitual com tecnologia híbrida.
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A Volkswagen anunciou que vai literalmente bombardear o segmento de carros elétricos com muito lançamentos nos próximos anos. Um deles, previsto para 2021, é o i-Roomz que será mostrado em Xangai como conceito. Trata-se de um modelo elétrico luxuoso, de sete lugares, que terá como missão rivalizar com o Tela Model X e será lançado em alguns mercados como o norte-americano e o chinês. A conferir.
Chineses elétricos no Brasil
Uma boa nova é que alguns dos modelos vendidos no mercado chinês também devem chegar ao Brasil à medida que crescerem por aqui o incentivo para a eletrificação dos automóveis no Brasil.
A JAC Motors já anunciou que planeja trazer ao país o iEV40, um SUV 100% elétrico, desenvolvido na China em parceria com a Volkswagen e equipado com um motor de de 115 cv de potência. Aliás, a JAC tem na China um dos maiores portfólios de carros elétricos. São 9 modelos, entre hatchs e sedãs compactos, médios, grandes e utilitários esportivos.
Na linha da Chery e.Q1 é também uma boa proposta para o Brasil como um carro ideal para rodar em áreas urbanas centrais. Leva apenas duas pessoas, tem 3,2 m de comprimento e autonomia de 180 km. A recarga completa da bateria é realizada em oito horas em corrente elétrica comum. Mas, com um carregador de alta amperagem, em 30 minutos pode fornecer 80% de recarga.
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Outro totalmente elétrico da Chery que cairia bem por aqui é o Chery Tiggo 3 EV, modelo crossover com motor de 122 cv capacidade de acelerar uma velocidade de 150 km/h. A capacidade da bateria é suficiente para cobrir até 350 quilômetros com uma única carga. Ele usa a nova carroceria do Tiggo 2, lançado recentemente no Brasil pela Caoa-Chery (*).
Empreendedorismo nacional
(*) Saindo do Salão de Xangai , vale lembrar que a única marca brasileira dona de fábricas de veículos, a CAOA adquiriu 50% da chinesa Chery no Brasil, além de ter negócios exclusivos também com as marcas asiáticas Subaru (japonesa) e Hyundai (coreana). No mês passado, anunciou uma acordo para comprar a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, SP, e produzir os caminhões da marca norte-americana e, provavelmente, modelos da categoria extrapesado, da linha Hyundai.