No universo das motos, somente duas categorias nasceram para oferecer o máximo em desempenho: são elas as superesportivas e as trail/trial. Além do maior patamar de preço e custos de manutenção das primeiras, por terem se originado na MotoGP, digamos que não são tão funcionais para enfrentar as condições deploráveis das vias públicas. As motos trail, por outro lado, oferecem praticidade, ergonomia, e mesmo que não tanto quanto as naked , conforto.
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Além disso, o que muitos ressaltam como ponto positivo é a altura mais elevada em que se senta, sendo elas as as únicas que passam dos níveis dos retrovisores dos carros. Por esses e outros motivos, veja algumas das motos trail que valem a pena sondar, seja por custo-benefício, pela oferta de tecnologia, uma boa motorização, estilo diferenciado ou pela liquidez de mercado acima da média.
5— BMW G 310 GS: R$ 23.900
A grife da lista é a “irmã” menor da linha aventureira GS. Com o mesmo conjunto mecânico da variante G 310 R, que desenvolve 34 cv e 2,8 kgfm a partir do motor monocilíndrico de 310 cc, a suspensão recebeu acertos para conferir mais habilidades off-road. O câmbio também é o mesmo de seis marchas, com transmissão por corrente. Esse tipo de montagem proporciona um centro de gravidade mais baixo, com mais peso concentrado na roda da frente.
O painel de instrumentos é totalmente digital, com tela de cristal líquido. À esquerda, o marcador de combustível, em destaque o velocímetro com dígitos bem grandes, o conta-giros de barrinha, na parte inferior, e o muito útil indicador de marcha engatada. O sistema ABS dos freios pode ser desligado momentaneamente, para melhor eficiência em caminhos de pouca aderência.
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4— Kawasaki Versys-X 300: R$ 23.340
Consideradas por muitos a “Ninja 300” das trail, une atributos off-road com conforto, inclusive em viagens mais longas. Mas diferentemente da “irmã” carenada e da Z300 — que apesar de usar o mesmo motor, têm características de superesportivas — a Versys-X 300 tem quadro e suspensões mais robustos e de maior curso. Sua mecânica desenvolve 40 cv e de 2,6 kgfm, enquanto que as outras duas têm menos potência e mais torque: 39 cv e 2,8 kgfm. Além disso, traz boa quantidade de equipamentos.
Tem velocímetro digital, conta-giros, indicador de marcha, consumo médio, relógio, indicador de temperatura e de economia de combustível, marcador de combustível e autonomia. As suspensões trazem garfo telescópico com tubos de 41 mm de diâmetro e 130 mm de curso na dianteira, e amortecedor único, link, ajuste de pré-carga da mola e 148 mm de curso na traseira. Os freios são de disco simples nas duas rodas, com 290 mm na dianteira, 220 mm na traseira e ABS.
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3— Royal Enfield Himalayan: R$ 18.990
Eis a opção mais old school da lista. A estética dos anos 80 é diferenciada e se evidencia pelas linhas retas, visual minimalista e pouca variedade de equipamentos tecnológicos. Mas pelo valor cobrado e pela mecânica à altura, a Himalayan pode se orgulhar de ser uma das poucas puristas no mercado, sem que mereça o rótulo de ultrapassada.
O seu motor é um monocilíndrico de 411 cc, capaz de gerar até 25 cv e 3,26 kgfm, que envia o movimento através do câmbio é de seis marchas. Ela é a primeira da marca a usar um monoamortecedor, que no caso, é regulável em pré carga e oferece um curso de 180mm. Com roda dianteira de 21 polegadas, seu peso total chega aos 182 kg em ordem de marcha. A altura do assento é de 80 cm e possui ABS de série.
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2— Honda NXR 160 BROS: R$ 13.458
Mesmo que não se destaque em oferta de equipamentos (ante rivais como a do tópico seguinte), não há de se negar que é a moto que vai oferecer a maior liquidez de mercado da lista inteira — uma vez que acumula 55% de participação nas vendas do segmento — e um pós venda de referência no Brasil. Na linha 2019, chega com nova opção de cor e grafismos inspirados nos modelos aventureiros da linha CRF.
A Honda Bros Vem equipada com freios combinados sem ABS, painel digital, bagageiro com alças laterais e farol de policarbonato com refletor multifocal (que aprimora a capacidade de iluminação), envolto na carenagem. Já o seu motor monocilíndrico a ar, de 162,7 cc, desenvolve 14,7 cv (etanol) e 1,6 kgfm, com a força enviada ao câmbio de cinco marchas.
1— Yamaha XTZ 150 Crosser ABS: R$ 12.590
Com discos de freio na frente e atrás, e ABS, a Yamaha Crosser é quem fecha a nossa lista e é uma ótima opção de custo-benefício. Oferecida nas versões S (pára-lama baixo) e Z (pára-lama alto), nas cores azul Competition (Crosser S), branco Sports (Crosser Z) e preto Eclipse (ambas), foi lançada este ano e conquista o mercado cada vez mais.
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A mais em conta entre as motos trail da nossa seleção vem equipada com painel de LCD digital, indicador eco e de marcha engatada, além do conta-giros analógico. As rodas são de 19 polegadas na frente e 17 polegadas na traseira, usando suspensão traseira monocross com link. Seu motor flex de 149 cc é mais fraco que a rival do tópico anterior, desenvolvendo 12,4 cv e 1,3 kgfm (etanol), com envio do movimento à roda traseira através do câmbio de 5 marchas.