BMW X1 sDrive20i X-Line é a versão intermediária
Julio Cabral
BMW X1 sDrive20i X-Line é a versão intermediária

O BMW X1 é o segundo carro brasileiro mais vendido da marca. O utilitário só perde para o Série 3 , sedã que é o bicho papão de todos os modelos premium comercializados por aqui. É com essa responsabilidade que a nova geração desembarca no país. O SUV chega ao mercado brasileiro importado da Alemanha, mas será nacionalizado em abril. São três versões: sDrive18i (R$ 296.950), sDrive20i X-Line (R$ 328.950) e sDrive20i M Sport (R$ 349.950 ). 

O índice de nacionalização será de 40%, um percentual muito superior ao do arquirrival Audi Q3 , SUV que é montado em São José dos Pinhais, Paraná. 


A sDrive18i é a única que conta com motor 1.5, uma unidade de três cilindros, 156 cv de 4.700 a 6.500 rpm e 23,4 kgfm entre 1.500 e 4.600 rpm, incremento de 20 cv e 1 kgfm em relação à antiga versão do mesmo propulsor. Ainda não foi possível testá-la, as primeiras impressões ao dirigir foram limitadas aos X1 2.0. Mesmo o propulsor menor é capaz de levá-lo de zero a 100 km/h em 9 segundos e chegar à velocidade máxima de 215 km/h, segundo dados da BMW.

Já o quatro cilindros é uma versão modernizada do anterior. São 204 cv entre 5.000 e 6.500 rpm e 30,6 kgfm em uma faixa que vai de 1.450 a 4.500 giros. É mais potente do que os 184 cv do 320i - o torque é o mesmo. A arrancada de zero a 100 km/h é despachada em 7,6 s e a velocidade máxima passa aos 236 km/h, de acordo com informações oficiais. Nada mal. Nenhum deles vem com o super alternador de 48V, tecnologia que poderia ser aplicada por aqui e que permitiria um empurrão extra. Só há start-stop

Ambos motores contam com câmbio automático de dupla embreagem a seco e sete marchas. A tração é sempre dianteira. Curiosamente, ainda não foi feita a adaptação ao sistema flex, por ora, todos são movidos a gasolina. O consumo urbano é de 10,7 km/l e o rodoviário chega a 13 km/l, números razoáveis - dados do Inmetro.  Não é uma grande diferença em relação aos 11,4 km/l e 13,5 km/l do 1.5.

Linha dos vidros ascendente continua a ser marca registrada do BMW X1
Julio Cabral
Linha dos vidros ascendente continua a ser marca registrada do BMW X1


Sem serem de novas gerações, ambos foram aperfeiçoados. A BMW chama os propulsores de TwinPower turbo, o que não quer dizer que eles são biturbos. Na verdade, é um turbo de duas volutas. Ainda há o Valvetronic, sistema de variação de fases de abertura e fechamento das válvulas, e o Double Vanos, tecnologia que varia o acionamento da árvore de comando das válvulas. 

Neste primeiro contato, foi possível dirigir tanto a versão 2.0 X-Line quanto a M Sport , que se diferencia pelo jeito mais dinâmico. A BMW não divulga o mix das configurações, pois a fabricante considera o dado estratégico. Mas a equipe deu uma palhinha e afirmou que o intermediário será o mais vendido. Portanto, eu vou focar no teste dele.


História do X1 


A primeira geração do X1 , de 2009, tinha o visual clássico de um BMW: balanço dianteiro pequeno, um capô sem fim e cabine recuada, tudo sem se esquecer da dobra Hoffmeister, detalhe que faz com que a junção da coluna com o vidro lateral traseiro seja demarcada por um ângulo mais fechado. Feita sobre a plataforma do Série 3, era quase que uma perua elevada. Não é por acaso que a fabricante dispensou a sigla SUV (Sport Utility Vehicle) para adotar SAV (Sport Activity Vehicle) . Percorrendo fotos de divulgação, é mais fácil ver o carro rodando em pisos de cascalho, terra e neve - havia a opção de tração integral -, nada de lama. É um caso que o departamento de marketing e engenharia se alinharam.

Traseira do novo SUV se destaca pelas lanternas com filetes de LED tridimensionais
Julio Cabral
Traseira do novo SUV se destaca pelas lanternas com filetes de LED tridimensionais

Em 2016, chegou a segunda geração do X1, a primeira a ser fabricada em Araquari, Santa Catarina . Foi ela que vestiu a batina dos SUV. A tração traseira saiu de cena e foi substituída pela tração dianteira ou integral. A base é a UKL2 , a mesma utilizada pelos MINIs Countryman e Clubman. A arquitetura é basicamente uma versão estendida da plataforma UKL1 do MINI Cooper. E não há nada de errado nisso, pois a marca britânica é famosa pelo ajuste fino dos seus carros de tração dianteira. 

O novo X1 bebe dessa mesma fonte de utilitário, mas com inspiração em SUVs maiores do grupo, exemplos do XM e iX. Olhei para ele - não que eu não tenha stalkeado antes o carro pela internet - e vi uma agressividade que o anterior não tinha. O jeitão é reforçado pela ampliação das medidas.


São 4,50 metros de comprimento contra 4,43 m do anterior. Já o entre-eixos passou de 2,67 m para 2,69 m. A largura de 1,84 m representa dois centímetros extras. Já a altura de 1,64 m ganhou cinco centímetros e colaborou para incrementar a sensação de que o X1 está mais SUV do que nunca. O porta-malas tem 476 litros de capacidade e conta com bancos tripartidos - a proporção é de 40, 20, 40. 

Estilo de utilitário


Poucos pontos dos novos BMW são tão polêmicos como as enormes grades. Apesar disso, o novo X1 até apela para um conjunto proporcional. Não chega a ser algo dominante, um ponto focal daquele que os olhos não conseguem escapar. 

Para combinar com a grade, o capô é longo e ostenta nervuras que podem ser vistas até dos bancos dianteiros, sendo uma peça mais esculpida e agressiva.  No caso da versão M Sport, há fendas agressivas no para-choque dianteiro, todas funcionais . Já o X-Line aposta no mesmo tipo de angulosidade à moda dos origamis, e acrescenta lâminas e protetor no tom prateado, material que também está nas laterais da versão. 

Arrojado na medida, o conjunto óptico adaptativo é iluminado integralmente por LED. Os faróis mantiveram o esquema que imita aquele dos clássicos modelos da marca, um conjunto que casa com a imagem mais enfezada.

A impressão é de que todos os elementos ficaram marcantemente geométricos. Cromada ao extremo, a linha dos vidros é marcantemente ascendente e termina em uma dobra… quem falar Hofmeister está certo. As maçanetas embutidas ficam logo abaixo do vinco superior, e ajudaram a diminuir o coeficiente de penetração aerodinâmica - tem versão que chega a 0.26 -, uma tarefa que também é facilitada pela grade com aletas que podem ser fechadas ou abertas, dependendo da demanda.

Painel digital e central multimídia formam uma peça integrada
Julio Cabral
Painel digital e central multimídia formam uma peça integrada


Seguindo na mesma toada, a traseira exibe lanternas de filetes de LED tridimensionais e um enorme spoiler rebaixado no meio. Um toque esportivo que poderia ter sido reforçado por belos escapes aparentes, entretanto, isso foi cortado nestas versões da nova geração - só serão aplicados nas futuras variantes mais fortes. A despeito disso, o acobertamento das saídas não parece improvisado e o para-choque tem as mesmas lâminas e elementos prateados do dianteiro. 

Como é o interior

Quanto ao interior, o que chama mais a atenção é a integração entre o quadro de instrumentos de 10,2 polegadas do multimídia de 10,7" . O novo sistema operacional 8 é atraente e adaptativo. É possível acessar inúmeras funções e exibir até fundos de tela personalizados ou redefinir o astral e a iluminação da cabine. Parece o maior smartphone que eu já usei. Há comandos de voz e também físicos no console central. 

Já que falei dele, ali se encontram botões para ajustar o câmbio, acionar o freio de mão eletrônico (que tem auto hold), entre outros. Não há a alavanca tradicional. Isso liberou espaço para acomodar objetos abaixo do apoio de braço, que tem apenas um pequeno porta-objetos.

Deixando a eletrônica de lado, vou entrar em um território em que a BMW se destaca: a ergonomia.  Além de envolventes, os bancos elétricos contam com assentos que podem ser prolongados para apoiar bem as coxas dos passageiros mais altos . Me lembrou os clássicos Recaros. Eles também são capazes de recuar para que você se acomode melhor na hora de entrar. Somado a isso, há diferentes tipos de massagem na versão M Sport. O alinhamento é tão perfeito que poderia ter sido feito por um quiroprata.

Bancos traseiros acomodam bem passageiros altos e têm boa inclinação
Julio Cabral
Bancos traseiros acomodam bem passageiros altos e têm boa inclinação


A posição de dirigir tem a clássica qualidade dos carros da marca: pode ser adaptada ao gosto (e estatura) de qualquer condutor, mesmo que seja de maneiras extremas. Com 1,84 metro de altura, eu pude ficar tão elevado que a minha cabeça não ficou muito longe de poder ser colocada para fora do teto solar panorâmico - exageros à parte. Falando nele, a abertura da parte frontal é ampla. Dentro da mesma tradição de posicionamento correto, o pedal do acelerador é pivotado no piso. 

Ajustável manualmente em altura e profundidade, o volante segue a tradicional linha de aro grossinho da BMW e, somado a isso, tem apenas 30 centímetros de diâmetro. É o equivalente a uma pizza média . Com cerca de três voltas de um batente a outro, a direção não deixa nenhum esterço ser feito sem implicar em um movimento correspondente. E a pega é daquelas que é capaz de catequizar aqueles que não sabem segurar o aro de maneira correta. Entretanto, os botões deveriam ser mais intuitivos e apostar em um visual premium. 

No capítulo acabamento, há couro com costuras aparentes até no painel , um cuidado que se soma aos materiais macios nas partes superiores das portas dianteiras, embora as traseiras tenham revestimento mais rígido no topo. 

Quanto ao espaço interno, a cabine acomoda bem quatro ocupantes altos. A minha cabeça ficou bem distante do teto, no entanto, as pernas não foram agraciadas com o mesmo vão, mas também não ficaram pressionadas contra o encosto dos bancos dianteiros. Um passageiro central traseiro até que consegue lidar bem com o túnel, além de ter o mínimo de folga ao batalhar pelo espaço para os ombros . A maior largura ajudou. A posição fica mais agradável com as saídas de ar traseira e as duas entradas USB-C. Somente o cinto ancorado no teto vai incomodar.

Bem que o X1 poderia ter o sistema de deslizamento do banco traseiro, um prático recurso  que é oferecido em outros mercados e que também permite o ajuste da inclinação dos encostos. É uma forma de modular o espaço para bagagens e para passageiros mais altos.

Porta-malas tem bom volume e acessibilidade; tampa traseira é elétrica
Julio Cabral
Porta-malas tem bom volume e acessibilidade; tampa traseira é elétrica

Além de ter um bom volume, o compartimento de bagagens tem piso alinhado com a tampa - o mecanismo de abertura e fechamento por botão é outra facilidade. 

São de série itens como ar-condicionado de duas zonas ; bancos dianteiros com ajustes elétricos; chave com acesso remoto; sistema de atualização e assistência remotos; revestimentos de couro; assistente de manobra com indicações laterais; entre outros.

Além disso, há airbags frontais laterais dianteiros e de cortina , afora frenagem automática; controle de cruzeiro adaptativo; sensor de ponto cego; frenagem automática; assistente de manutenção de faixa; e câmera traseira. A garantia é de dois anos e é possível optar por um programa de manutenção de três anos, facilidade que inclui trocas de elementos como filtros. 


Como foi o primeiro teste

O propulsor 2.0 tem curvas de torque e de potência quase que unidas, respondendo bem aos anseios do motorista. O modo Sport diminui um pouco o atraso da entrada da turbina. De qualquer forma, o motor consegue reagir bem mesmo no Eco. Ainda existe o perfil Personal, perfil que permite escolher a reação de cada componente.

A transmissão ficou devendo apenas um pouco mais de assertividade em velocidades muito baixas.  Há um ligeiro hiato na hora de decidir qual marcha é a mais adequada, entretanto, é algo que se resume a essa situação. Não é diferente com alguns outros câmbios de dupla embreagem. 

Somente o M Sport conta com borboletas no volante, uma dose extra de esportividade que permite reduções muito mais agressivas do que seria de se esperar. O modelo intermediário tem que se garantir na transmissão de pensamentos, o que não é ruim, pois a caixa lida bem com todas as outras situações.

Rodas aro 19 são envolvidas por pneus 245/45 Pirelli P Zero
Julio Cabral
Rodas aro 19 são envolvidas por pneus 245/45 Pirelli P Zero


Sem se anunciar, o propulsor bem que poderia abrir um pouco mais a voz . Do jeito que está, teremos que esperar por configurações mais potentes para ouví-lo direito. Está enquadrado no esperado para um SUV sem vocação esportiva extrema, porém, a impressão é de que o Série 3 canta um pouco mais.

Embora seja um pouco confuso de ser operado em um primeiro momento, o sistema de navegação pode não ser tão intuitivo quanto o Waze, mas tem toques bacanas, entre eles a possibilidade de usar a câmera frontal para ver as indicações de direção em realidade aumentada, algo que  o M Sport tem. Somado a isso, ele integra a navegação ao prático head-up display. Há um nicho para carregamento por indução e uma prática presilha para fixar o smartphone

Ainda que não atinja a distribuição de peso igualitária entre os dois eixos, até que o SUV não está muito distante disso. Em determinadas versões, é algo como 54% à frente e 46% atrás, dependendo do tipo de tração. É uma divisão que ajuda a reforçar o equilíbrio em situações variadas. Os 1.570 kg são coerentes com o projeto.

Se você quiser tração integral , terá que esperar pelo xDrive23i, que tem um 2.0 de 218 cv. Não está descartada uma versão híbrida plug-in. Por enquanto, foi confirmado apenas o iX1, opção elétrica que chegará no segundo semestre. Aliás, o fabricante também afirmou que o novo M2 e a limusine elétrica i7 também desembarcarão no mesmo período .

O teste incluiu um longo e sinuoso trecho da Estrada dos Romeiros . É um lugar que ganhou esse nome graças à romaria de carros e motos que vão para lá fazer suas procissões dinâmicas. Peraí, deixa eu checar isso. Ah, é por causa das romarias religiosas. 

Queridinho dos jornalistas automotivos, o serpenteante percurso é acessado pela rodovia Castelo Branco , que, por sua vez, é perfeita para testar equipamentos como o controle de cruzeiro adaptativo e também o bom isolamento acústico, mas que não suscita nenhuma emoção. A não ser que você seja fechado por alguém.

Motor 2.0 foi atualizado e gera mais potência do que o usado no BMW Série 3
Julio Cabral
Motor 2.0 foi atualizado e gera mais potência do que o usado no BMW Série 3


Os esquemas de suspensões mantiveram muitos elementos da geração anterior, porém, com novos coxins e amortecedores.  Sinceramente? Isso não atrapalha. A solução dianteira é a tradicional MacPherson, enquanto a traseira é multilink ligada a um rígido subchassi . De acordo com a BMW, a plataforma é nova.

A direção aponta com a precisão que se espera de um carro da marca alemã. Passou confiança mesmo em mudanças de relevo e trajetórias, situações em que as transferências de peso são colocadas à prova.

A rolagem da carroceria é até que razoavelmente contida para um SUV do porte do X1, algo que também foi amparado pelo aumento da largura das bitolas. Perguntei ao pessoal da BMW qual foi o incremento da rigidez torcional do carro, e vou acrescentar no momento que eles responderem.  

Quanto ao conforto de rodagem, o X1 é mais firme , afinal, trata-se de um BMW. Não chega a ser desconfortável ao passar pelos quebra-molas da vida ou buracos. Contudo, ainda é necessário avaliá-lo nas ruas por mais tempo.

Eu dividi o carro com um amigo bom de volante, um piloto capaz de testar veículos que vão de carrinhos de bate-bate a superesportivos. Ao chegar no limite, as saídas de frente são inevitáveis, no entanto, qual carro de tração dianteira não é assim? Tudo depende do carinho com que você sapateia o acelerador. 

E o X1 agarra direitinho. As rodas aro 19 são envolvidas por pneus 245/45 Pirelli P Zero, conjunto que adere bem ao piso e expande um pouco os limites. 

Na hora de parar, os discos ventilados à frente e atrás cumprem o papel de fazerem frenagens curtas e equilibradas. O tato e o curso do pedal são perfeitos. 

Se você quiser uma plataforma criada para tração traseira ou integral, terá que pular para o X3, um SUV maior e baseado sobre o Série 3 - sim, o sedã e seus derivados também têm tração 4X4 permanente em outros mercados, algo que não foi trazido para o Brasil, mas que é fundamental em climas frios e seus pisos de rinque de patinação.

Embora não tenha assinatura da grife, o sistema de som da versão intermediária é capaz de manter a afinação perfeita das músicas. É daqueles que faz com que você deixe de improvisar determinados trechos das canções e cante de maneira correta, pois a qualidade de reprodução não deixa escapar nada.

Não posso deixar de falar um pouco sobre o M Sport. A versão tem itens exclusivos, como é o caso dos head-up display; borboletas no volante; bancos com massageadores e ajuste lombar elétrico ; som Harman Kardon (é ainda melhor) e o park assistant plus, que se diferencia por regular a entrada e saída das vagas, ter câmera de 360 graus e estacionar o carro quase que inteiramente sozinho

Dito isso, a diferença de R$ 21 mil em relação ao X1 2.0 intermediário é mais do que justificável. Pode ser uma distância e tanto para modelos dito acessíveis, mas não chega a ser assustadora para o segmento premium. A conclusão é que a nova geração do SUV da BMW está bem posicionada no segmento, ainda mais se levarmos em consideração o Mercedes-Benz GLA , arquirrival que tem motor 1.3 turbo de 163 cv e custa absurdos R$ 357.900

Ficha técnica

Motor: 1.998 cm3, dianteiro, transversal, quatro cilindros, 16 válvulas, turbo, injeção direta, 204 cv de potência entre 5.000 e 6.500 rpm, 30,6 kgfm de torque entre 1.450 e 4.500 rpm, gasolina

Câmbio: automático de dupla embreagem e sete marchas, tração dianteira

Direção: elétrica

Suspensão: McPherson na dianteira e multilink na traseira

Freios: discos ventilados na dianteira e traseira

Pneus: 245/45 R19

Dimensões: 4,50 metros de comprimento; 1,84 m de largura; 1,47 m de altura; 2,69 m de distância entre-eixos; porta-malas de 476 litros; e tanque de 54 litros


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