A Porsche tem no 911 um símbolo, um mito que vai além da classificação de um automóvel. Por isso mesmo, a marca evita fazer mudanças extensas, afinal, desagradar os puristas tem limite. Essa estratégia fica clara na intenção de manter o esportivo como o último carro a combustão da linha.
Planos de eletrificação já haviam sido descartados na ocasião do lançamento da atual geração, de 2019. Questionados se haveria versões híbrida normal, plug-in ou elétrica, os engenheiros foram categóricos ao dizer não.
A marca tem planos de se valer de combustível sintético para estender a vida dos 911 zero quilômetro, no entanto, a solção ainda é cara e está longe de ter viabilidade comercial. Não que isso impeça os endinheirados proprietários do carro de apelar para essa tecnologia.
Entretanto, a verdade é que a solução mais fácil é postergar a data de proibição de veículos a combustão na Europa. Marcada para 2035, a medida tem sido repelida por alguns fabricantes. A Porsche é uma delas.
O fabricante alemão também pode adaptar a nova geração para algum tipo de eletrificação. Seria a chance de aumentar o desempenho dos carros, além de diminuir as emissões.
É uma medida corajosa para a Porsche, pois a fabricante vai eletrificar até os pequenos (e mais acessíveis) 718 Boxster e Cayman , ajudando a diminuir o volume total de emissões e, claro, deixando o 911 um pouco mais livre para continuar a ser movido por motores a combustão. Até lá, os seis cilindros boxer estarão livres para roncar.