O Grupo Stellantis havia programado um pacote de R$ 16,2 bilhões no Brasil até 2025, que já está em curso. E agora, o novo COO (presidente da companhia na América do Sul), Emanuele Cappellano , afirmou que o próximo ciclo de investimento será anunciado no final de fevereiro.
Apenas sabemos que o investimento será grande, o antecessor do cargo, Antonio Filosa , prometeu que seria o maior aporte financeiro automobilístico já visto no país. Mas Cappellano não entrou em detalhes sobre o próximo ciclo de investimento, pois é um período de encerramento do ano fiscal para todas as empresas, ou seja, o valor exato será revelado somente no dia do anúncio.
Nos últimos meses, o executivo indicou que o próximo ciclo de investimentos poderia ser menor se a prorrogação do Regime Automotivo do Nordeste (surgido em 1990 como ferramenta de industrialização) não fosse aprovada. No entanto, a extensão do Regime foi garantida até 2032.
Cappellano , em seu primeiro pronunciamento público realizado em Campinas, interior de São Paulo, na sexta-feira (19), não entrou em detalhes sobre como as conversas com o Governo Federal se desenvolveram, mas defendeu que a extensão do Regime é uma vitória ao país.
"É uma região hoje menos competitiva do que o Sul e o Sudeste, por exemplo. O Regime Automotivo cria condições de igualdade ", afirmou o presidente.
O QUE PODEMOS ESPERAR DA STELLANTIS COM O PRÓXIMO APORTE DE INVESTIMENTO?
O grupo confirmou, em outubro do ano passado, que lançará a plataforma Bio-Hybrid , que permitirá o desenvolvimento e fabricação de carros híbridos, híbridos-flex, híbridos plug-in e modelos 100% elétricos. Esses veículos seriam produzidos em Goiana (PE) , com o projeto visando atingir a emissão zero de carbono até 2038.
Além disso, projetos como o Fiat Argo e Cronos devem receber atualizações visuais. Vale lembrar que o Cronos não deverá ganhar uma nova geração , segundo informações dos colegas do Auto+ . Outros valores de investimento podem ser destinados às fábricas para a produção das novas plataformas CMP para os demais veículos do grupo, além de investimentos ao Renegade e ao Compass , que já estão há quase 10 anos no mercado.
Sobre o Mover (Mobilidade Verde) , o executivo destacou que representa uma ferramenta importante para o setor.
"Uma construção política robusta voltada ao desenvolvimento da indústria automotiva e do país" . finalizou Cappellano.