
O Chevrolet Monza chegou ao Brasil em 1982, fabricado pela General Motors em São Caetano do Sul (SP), e se tornou o carro mais vendido do país entre 1984 e 1986, o que o tornou referência entre os sedãs médios nacionais até sair de linha em 1996.
Derivado do Opel Ascona alemão, o modelo foi lançado inicialmente apenas na carroceria hatch e evoluiu ao longo dos anos com mudanças de design, versões mais sofisticadas e opções de motorização que marcaram época.
Nesta reportagem, o Portal iG Carros apresenta mais um capítulo da série "Geração sobre rodas", que revela a evolução dos modelos mais icônicos do mundo automotivo, da primeira à atual geração.
1ª geração (1982–1987) | A era do hatch e o início da liderança

O Monza chegou ao mercado brasileiro em 1982 como um hatchback de duas portas, opção inédita para um carro médio da época. Equipado com motor 1.6 de 73 cv, o modelo agradou pelo conforto e desempenho.
Naquele mesmo ano, a concessionária Itororó, de São Paulo, apresentou uma série especial ousada e exclusiva: o Monza Clodovil, idealizado com a assinatura do estilista Clodovil Hernandes.
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No ano seguinte, a GM lançou a versão sedã, que rapidamente superou o hatch em vendas.
Com motorização 1.8 e câmbio de cinco marchas, o Monza se destacou entre os rivais nacionais, como o Volkswagen Santana e o Ford Del Rey.
Em 1984, o Monza assumiu a liderança de vendas no Brasil, posto que manteve até 1986.
Nesse período, a versão Monza Classic se destacou com acabamento mais refinado e equipamentos como ar-condicionado, direção hidráulica e vidros elétricos, itens raros entre os carros brasileiros da época.
1ª geração, 1ª reestilização (1988–1990) | Reformulação visual e mais potência

A primeira grande reestilização veio em 1988, com nova frente, faróis retangulares e mudanças no interior.
A linha passou a oferecer injeção eletrônica monoponto em algumas versões e recebeu melhorias mecânicas que aprimoraram o desempenho.
As versões esportivas SR e Classic SE trouxeram rodas exclusivas, bancos esportivos e acabamento diferenciado.
O motor 2.0, lançado em 1989, se tornou a principal aposta da GM para manter o modelo competitivo diante da chegada de rivais mais modernos.
Mesmo com o envelhecimento do projeto, o Monza ainda figurava entre os mais vendidos do país.
1ª geração, 2ª reestilização (1991–1996) | Declínio gradual e fim da produção

Na década de 1990, o Monza enfrentou novos concorrentes como o Ford Versailles, o Fiat Tempra e o Honda Civic.
Em 1991, a GM fez outra leve atualização visual e passou a oferecer injeção eletrônica multiponto em mais versões.
O acabamento interno melhorou, mas o projeto original começava a mostrar sinais de defasagem.
O sedã perdeu força nas vendas a partir de 1994, com a chegada do Chevrolet Vectra, que assumiu o posto de médio da marca.
Em 1996, após 14 anos no mercado e mais de 850 mil unidades produzidas no Brasil, o Monza foi descontinuado.
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