A nova Royal Enfield Scram 411 tem estilo de moto trail à moda antiga
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A nova Royal Enfield Scram 411 tem estilo de moto trail à moda antiga

A Royal Enfield está caminhando de forma rápida para ser uma marca com um grande portfólio de produtos. Mesmo descontinuando as motocicletas pioneiras, a Bullet e a Classic 500 , atualmente a empresa oferece a um bom público as tradicionais Classic 350, em várias versões: a Comet , que usa a mesma mecânica da 350, mas tem um estilo mais Cruise, as bicilíndricas Interceptor  e Continental GT 650  e a fora de estrada Himalayan .

Bem, nós aqui acompanhamos a Royal Enfield desde o seu início como marca oficial no Brasil, em 2017, e já participamos de diversas aventuras com todos os modelos, destacando o Royal Enfield Epic Ride no Jalapão , no ano passado. Para essa épica aventura, usamos a Royal Enfield Himalayan , uma moto fora de estrada um tanto radical, mas que já permitiu com a sua concepção mecânica um novo modelo Royal: a Scram 411 .

A Scram 411 é uma motocicleta de uso misto com uma boa pegada para o asfalto, seja na estrada ou no uso urbano. Com um visual que nos remete às melhores motocicletas trail dos anos 80 e 90 – sou até suspeito para fazer elogios quanto ao visual da nova motocicleta, visto que a minha preferência por padrões clássicos com o “farol redondo” é notória –, a moto agrada ao amante das clássicas, não só no visual, mas também no porte e na dirigibilidade.

Um dos grafismos mais bonitos para a Scram é este, com a pintura vermelha e branca
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Um dos grafismos mais bonitos para a Scram é este, com a pintura vermelha e branca

A Scram 411 tem a mesma base mecânica da Himalayan , como o quadro, as suspensões, os freios e o motor monocilíndrico LS-410 refrigerado a ar com comando único no cabeçote e 411 cm3. Esta cilindrada é o resultado de um pistão com diâmetro de 78 mm percorrendo um curso de 86 mm, ou seja, um motor subquadrado. Isso lhe confere uma aptidão para o bom torque em baixos regimes de rotação, o que torna a pilotagem mais tranquila no sentido de não exigir constantes trocas de marchas em sua caixa de cinco velocidades. Por outro lado, isso limita um pouco o desempenho em rotações mais elevadas e causa um funcionamento um tanto brusco nessas condições, uma das poucas características desse motor que não me agrada.

O motor desenvolve potência máxima de 24,3 cv a 6.500 rpm e torque de 3,3 kgfm na faixa dos 4.500 rpm , conforme o fabricante. São números modestos para a cilindrada, mas que proporcionam uma pilotagem bastante agradável em ritmos não muito elevados.

Além das diferenças visuais, a Scram 411 é uma motocicleta bonita, qualidade essa que varia um pouco com as várias soluções estéticas causadas pelos diferentes grafismos e cores, uma questão estritamente de gosto pessoal –, a novidade difere da Himalayan pela roda dianteira de 19 polegadas de diâmetro (a Himalayan tem roda dianteira de 21 polegadas), pelo painel de instrumentos minimalista (painel bem complexo na Himalayan) e pelo banco inteiriço, além, é claro, de muitos pequenos detalhes, como os slideres (acessório de proteção, caso haja um acidente em que a moto deslize lateralmente) cobertos nas laterais da motocicleta. Estes funcionam muito bem como um complemento estético.

A pilotagem da Royal Enfield é muito agradável, bem melhor que na rude Himalayan. Uma das razões para isso está na roda dianteira menor, o que confere à Scram uma maneabilidade notadamente superior em baixas velocidades. Inclusive a torna mais ágil por conta do ângulo de cáster menos acentuado. Isso ocorre não por diferenças estruturais – o quadro da Himalayan é o mesmo –, mas sim pela ligeira redução na altura da estrutura em relação ao solo, devido ao menor diâmetro da roda.

Painel extremamente minimalista, apesar de ter muitas funções práticas. Faltou o conta-giros
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Painel extremamente minimalista, apesar de ter muitas funções práticas. Faltou o conta-giros

Outra grande diferença entre a Scram e a Himalayan está relacionada aos instrumentos de painel . Sai aquele monte de belos relógios circulares em um painel aglutinador para apenas um, solto em cima do farol . Também bonito, mas faltou o conta-giros . Como opcional, ela também pode ser equipada com o Tripper, sistema de navegação da Royal Enfield desenvolvido em parceria com o Google.

Cada uma das sete opções de cores disponíveis para a Royal Enfield Scram 411 tem seu próprio grafismo. São elas: Graphite Yellow, Graphite Red e Graphite Blue (tanque cinza com detalhes coloridos), Skyline Blue (uma das mais bonitas), Blazing Black, White Flame e Silver Spirit.

A moto também tem uma linha de acessórios originais , como malas laterais, retrovisores, entre outros itens de personalização. O preço sugerido para a nova motocicleta, que é produzida na nova linha de montagem de Manaus, AM, é de R$ 22.490 , com três anos de garantia e revisões a preço fixo de até 30 mil quilômetros ou três anos.


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