No surgimento do Puma GTE, a partir de meados dos anos 60 e durante as décadas de 70 e 80, as importações estavam fechadas no Brasil. Quem acompanha a coluna semanalmente sabe que já comentei sobre o tema. Para se ter uma ideia, nesses tempos a molecada modificava carburação, rodas e usava a chamada gasolina azul (de maior octanagem) para garantir um pouco mais de desempenho nos "rachas" de fim de semana. Nesse sentido diversas empresas surgiram para suprir as necessidades de um mercado ávido por novidades.

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O Puma GTE , o maior sucesso da marca por aqui, foi uma delas. Tem uma história bastante rica e, sem sombra de dúvida, a fabricante de modelos fora-de-série foi a mais bem-sucedida da época. Além do mercado nacional, exportou seus produtos para América, Europa e África, com versões marcantes e que fizeram muita gente sonhar.

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Já falei sobre o Puma GTB Daytona , ainda mais especial e também sobre um exemplar da versão GTS que teve a cilindrada aumentada para 1,9 litro, além da adoção do comando bravo e escapamento dimensionado, algo suficiente para levá-lo aos 120 cv, potência mais do que excepcional para o conversível.

Puma GTE: vamos ao que interessa!

Puma GTE: esportivo que faz corações baterem mais forte até hoje entre os esportivos fabricados no Brasil
Renato Bellote/iG
Puma GTE: esportivo que faz corações baterem mais forte até hoje entre os esportivos fabricados no Brasil

Hoje a matéria é sobre o GTE 1972. Essa versão foi a precursora das exportações da marca e roda até hoje, como citado, em países da Europa, Ásia e Estados Unidos. O exemplar esbanja originalidade e estilo com itens de época e a melhor cor do catálogo, em minha opinião.

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Um dos detalhes mais legais está no interior do carro. Prestem especial atenção nos bancos inteiriços com encosto de cabeça, acabamento de madeira no painel e o volante de três raios. No console central mais três instrumentos extras monitoram o funcionamento do esportivo .

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Guiar os Puma GTS ou GTE é uma experiência única. Eles são baixos, têm uma dinâmica de condução que mescla esportividade e também um quê de Fusca, afinal é sua base. Mas mesmo assim o carro tem identidade própria, com chassi mais curto e muita desenvoltura.

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No começo da década de 80 a fábrica da Puma sofreu um alagamento e isso, somado a outros fatores financeiros, fez com que decretasse a falência. Alguns anos mais tarde, em 1986, o Puma GTB voltou, mas sem o mesmo sucesso. O modelo ainda teve uma curta sobrevida com a AMV e deixou definitivamente o mercado, mas com um dos slogans mais bem bolados da publicidade automotiva: Puma, o privilégio autenticamente brasileiro .

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Antes de encerrar a matéria deixo novamente minha homenagem ao amigo Felipe Nicoliello, maior especialista em Pumas do planeta, e que viveu contando sua paixão no blog Puma Classic ( www.pumaclassic.com.br ). Tenho certeza que seu legado sobreviverá através dos anos, tal como o belíssimo Puma GTE . Até a semana que vem!

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