Os esportivos da década de 80 são apaixonantes. Antes de lhes mostrar o Fiat Uno, vale lembrar, e já falei aqui em algumas oportunidades, que o período ficou marcado tanto pelos modelos fora-de-série, como o Puma GTE da semana passada, como também pela inovação e criatividade das montadoras.
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O Fiat Uno , na versão 1.5 R, é um exemplo. Lançado em 1985 chegou ao mercado com litragem menor do que os concorrentes, mas pontos fortes, como acerto de suspensão e câmbio curto. Aliás, na época, em uma viagem de família, vi um deles desaparecer em um trecho de serra. Sensacional.
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A evolução da versão trouxe o 1.6 R. Um pouco mais potente e com os predicados já citados ele também marcou uma época em que a Fiat criava coisas diferentes no mercado. Uma delas foi o painel, com os comandos à mão e ergonomia excepcional.
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Mas o carro da coluna nessa semana é um pouco diferente. Ao longo dos anos muitas receitas de preparação foram sendo usadas e desenvolvidas. Turbo e aspirado – semana que vem trago uma Parati Surf dessa forma – sempre despertaram paixões e opiniões diversas.
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Fiat Uno "1.9 R", com swap de motor
Uma terceira forma, e gosto bastante, é o swap, ou seja, a mudança da mecânica original por uma mais potente. Isso vem sendo feito há décadas e em alguns casos com poucas adaptações. É o caso desse 1.6 R que se tornou 1.9 R.
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A receita incluiu uma ideia simples e bastante funcional. O propulsor original deu lugar a um motor de Linea, comprado novo, com 1,9 litro e 137 cv. A mudança exigiu pouca adaptação e o cofre permanece com aparência original. Serviço nota dez, considerando a complexidade de um procedimento mecânico como esse que foi realizado no hatch esportivo.
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A dirigibilidade do Fiat Uno ficou bem divertida. Se a versão já provocava os instintos de pisar fundo agora esse desejo aumentou. Com a cavalaria extra cada pisada no acelerador é acompanhada de um sorriso no rosto e corpo colado no banco. E o melhor de tudo: a aparência continua original. Espero que tenha gostado do "pequeno notável". Até a semana que vem!