Picape média não tem concorrentes e consegue fazer o 0 100 km/h em 5.8 segundos
Divulgação/Ford
Picape média não tem concorrentes e consegue fazer o 0 100 km/h em 5.8 segundos

Podemos parar de tocar os tambores, pois a Ford finalmente lançou oficialmente no Brasil a tão aguardada Ranger Raptor . A picape esportiva é um marco para a empresa, representando a estreia da linha Raptor em território brasileiro. Produzida em parceria com a Ford Performance , a picape, que é importada da Tailândia, já está disponível para compra, com o preço de R$ 448.600 e as primeiras entregas programadas para fevereiro do próximo ano.

A picape de médio porte - convenhamos que médio não tem nada - chega em um momento estratégico, completando nove veículos lançados em 2023. Mesmo representando diversos veículos, a marca não realizou a conclusão da promessa de lançar dez novos modelos no mercado brasileiro em 2023, como disse Daniel Justo, Presidente da Ford na América do Sul, em dezembro do ano passado. 

A primeira versão Raptor foi lançada nos Estados Unidos em 2009 com o F-150 e hoje o Brasil recebe pela primeira opção da linha esportiva da Ford
Divulgação/Ford
A primeira versão Raptor foi lançada nos Estados Unidos em 2009 com o F-150 e hoje o Brasil recebe pela primeira opção da linha esportiva da Ford

DIMENSÕES: 

A Ranger Raptor foi totalmente redesenhada e feita engenhosamente para ser um carro esportivo e intensamente aventureiro. Por isso, as proporções e formatos também mudaram para deixar o veículo mais robusto e parrudo com linhas e dimensões diferentes da Ranger em produção para enfrentar todos os tipos de off-road. O comprimento é de 5,36 m (5,35 m da Ranger “comum”), largura de 2,20 m (2,01 m), altura de 1,92 m (1,88) e entre-eixos é o mesmo de 3,27 m. As rodas são aro 17 polegadas, com pneus 285/70 All-terrain da Continental. O peso da picape é de 2400 kg. A capacidade de imersão também aumentou paralelo com a Ranger em produção - de 800 mm foi para 850 mm.  A caçamba de 1250 litros pode sustentar até 736 kg. 

MOTORIZAÇÃO:

O motor é um dos maiores atrativos desse monstro sobre quatro rodas. O V6 3.0 bi-turbo a gasolina entrega absurdos 397 cv a 5.650 rpm leva apenas 5,8 segundos para chegar aos 100 km/h com um torque máximo de 59,4 kgfm a 3.500 rpm . Mas não é apenas a propulsão que foi alterada, a transmissão automática de 10 velocidades também sofreu atualização, que otimiza a curva de de aceleração a cada marcha que possui um mapa, além de outras calibrações. 

Outro ponto interessante da transmissão é o modo manual - as trocas são “realmente manuais”, como explicou a empresa. Pois não não há trocas automatizadas de marchas mesmo com o veículo em baixa velocidade, ou seja, o condutor que faz realmente as trocas quando bem entender.

Essa caminhonete por estar em outra dimensão de motorização e tamanho, ela não possui concorrentes diretos. Mas por efeito de comparação, a  Toyota Hilux GR-Sport (diesel) faz o 0 a 100 km/h em 10,7 segundos, a Nova Ranger V6 (também diesel) em 9,2 segundos, a Ram Rampage RT chega perto dos 6,9 segundos, mas mesmo assim a Raptor se diferencia. E segundo a empresa, esse é o veículo mais rápido em qualquer terreno, podendo chegar a 170 km/h em condições de terra e velocidade máxima de 180 km/h limitado eletronicamente.   

A suspensão fora do solo sobe até 25 cm com a dianteira e 29 cm na traseira
Divulgação/Ford
A suspensão fora do solo sobe até 25 cm com a dianteira e 29 cm na traseira

MODOS INDIVIDUAIS: 

Falando em terreno, um dos diferenciais da Ranger Raptor é a suspensão ativa feita exclusivamente para o modelo Raptor em parceria com a FOX , que já é utilizada em outros modelos Raptor, como a F-150 e o Bronco , e faz mais de 500 leituras por segundo para se adaptar no solo que o condutor esteja andando. O motorista consegue ajustar individualmente os amortecimentos de cada pistão por meio de câmeras de compressão, permitindo superar qualquer terreno. Esses ajustes podem ser feitos em um botão no lado direito do volante. Os modos NORMAL e SPORT, são feitos para andar no asfalto, já o novo modo apelidado de BAJA (referência ao deserto mexicano) é feito para rodagem em qualquer terreno.

Outro modo de amortecedor curioso é o ''Jump Mode''  , que enche e enrijece os pistões para absorver impactos em que a roda saia do solo. 

Além do modo de amortecedores, a Ford disponibilizou mais duas configurações individuais que o motorista pode recorrer também ao lado direito do volante. Os modos de direção são quatro e podem ser selecionados a qualquer momento. O ‘’Conforto’’ deixa o volante mais leve e com baixa resistência, o ‘’Normal’’ que deixa a resistência balanceada, o ‘’Esporte’’ faz o volante ficar mais rígido e o ‘’Off-road’’ que prioriza as respostas mais rápidas da direção. 

Os modos de escapamento que também são quatro: o’’Silencioso’’, ‘’Normal’’, ‘’Esporte’’ e o mais agressivo - o ‘’Baja’’ que libera um som alto e intenso. Após optar pelo seus modos de condução favoritos, há um botão com o símbolo ‘’R’’ em que fica registrado o gosto predileto do motorista. 

São sete modos de condução que podem ser alterados em qualquer momento
Divulgação/Ford
São sete modos de condução que podem ser alterados em qualquer momento

MODOS DE CONDUÇÃO: 

A Ranger Raptor conta com seis modos de condução ao total, sendo três deles inéditos em comparação com a Ranger comum: ‘’Esportivo’’, ‘’Rock Crawl’’ e ‘’Baja’’. Todos os modos atuam em parâmetros de motor, transmissão, freios e ABS, tração, escapamento, direção e suspensão. O modo de condução ‘’Baja’’ é focado em extrair o máximo que a Ranger Raptor pode oferecer. Ele também auxilia no turbo que é pressurizado até três segundos após soltar o acelerador, dando retomada ágeis para a picape.

O interior se assemelha com a Ford Ranger em produção, mas a versão esportiva recebeu retoques no painel e novos bancos
Divulgação/Ford
O interior se assemelha com a Ford Ranger em produção, mas a versão esportiva recebeu retoques no painel e novos bancos

INTERIOR: 

O interior é semelhante ao que vemos na Ford Ranger lançada em junho, mas alguns detalhes de acabamento, como volante e bancos, apresentam detalhes únicos. A direção elétrica de quatro raios possui o mesmo formato, mas as costuras em laranja dão um visual mais esportivo. A parte inferior do volante ganhou o símbolo Raptor, gravado à laser. As borboletas também possuem um aspecto diferente, pois são feitas de magnésio. Ao lado esquerdo temos os mesmos atributos do ADAS (Sistema de assistência ao condutor) e ao direito modos personalizados e controle do painel digital de 12,4 polegadas que promete ter um maior nível de personalização. 

Os bancos também foram retrabalhados para dar um aspecto de assentos de carros de corrida, em que possuem estruturas e espuma de aviões preparados para ‘’pouso’’. O banco de motorista dispõe de dez ajustes elétricos.

O painel central é o mesmo que vimos na Ranger convencional. Uma tela de 12 polegadas com respostas rápidas que permite conectar Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Abaixo da tela, o Ranger Raptor dispõe de entradas USB-A e USB-C bem escondidas, além do carregador de celular por indução. O sistema de ar-condicionado digital é de duas zonas. 

A Ford quer atrair consumidores que gostam de picapes e também pessoas que amam esportividade
Divulgação/Ford
A Ford quer atrair consumidores que gostam de picapes e também pessoas que amam esportividade

SEGURANÇA: 

Todos os sistemas de seguranças embutidos na Ranger são herdados pelas Raptor. E isso inclui sistema de pré-colisão e frenagem autônoma com detecção de pedestre e bicicletas, assistente de cruzamentos, assistente autônomo de marcha ré, piloto automático adaptativo stop & go, câmeras 360, entre outros.  A novidade fica para os faróis inteligentes de matrix em LED que possuem duas funções: ajuste de foco conforme a velocidade e  anti-ofuscamento. A última, não deixa de iluminar o ambiente, apenas bloqueia a luz para não chegar no veículo que está vindo na mão inversa.

A picape está disponível em cinco cores:: Laranja Saara, Azul Belize, Preto Astúrias, Branco Nevasca e Cinza Diamantada.  

A Ford não quis comentar quantos lotes virão para o Brasil no próximo semestre nem a expectativa de venda. 

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