VW Virtus 1.6 MSI tem o objetivo de aumentar a competitividade da marca alemã na categoria de sedãs compactos
Cauê Lira/iG Carros
VW Virtus 1.6 MSI tem o objetivo de aumentar a competitividade da marca alemã na categoria de sedãs compactos

Nesse toma lá, dá cá das fabricantes, é importante preencher todas as lacunas do mercado. A Volkswagen, por exemplo, não tinha um rival direto em preço para Fiat Cronos 1.3 GSR automatizado (R$ 65.190) e Toyota Yaris Sedan 1.5 XL automático (R$ 68.740) até meados do ano passado. O problema foi resolvido com o lançamento do novo VW Virtus 1.6 MSI automático (R$ 68.870), com o conhecido motor EA211 das versões básicas de sua linha.

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De cara, é possível perceber que o VW Virtus 1.6 é um carro sem muitas frescuras, para clientes mais práticos. O acabamento é inteiramente feito em plástico texturizado, com uma inserção de tecido bem grosseiro no apoio de braço da porta. Ele também não traz alças de mão para os passageiros, apoio de braço para o motorista e câmera de ré. Ao menos, o sedã é bem montado, sem apresentar barulhos de acabamento ou componentes soltos. A unidade que a VW nos emprestou já beira os 10 mil quilômetros rodados.

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Há computador de bordo com todas as informações importantes sobre consumo, trajeto e velocidade digital. Não é pecado que um carro da categoria não tenha monitoramento de pressão dos pneus, mas seria muito bem-vindo.

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Rodando com mais quatro adultos durante o fim de semana, ninguém se queixou do espaço no banco traseiro. Ainda que o assento do meio seja uma posição ingrata, o banco ameniza a elevação central que é tão acentuada em outros modelos da Volkswagen. O porta-malas de 521 litros também é um dos destaques ante os meros 473 litros do Yaris , mas as alças no estilo “pescoço de ganso” acabam roubando muito do espaço.

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A central multimídia traz todas as conectividades Bluetooth, auxiliar, USB e cartão de memória. Apesar de ser muito intuitiva, minimalista e fácil de usar, o sistema de áudio poderia melhorar, pois o som acaba reverberando bastante e distorcendo as faixas mais “carregadas”.

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O trajeto tranquilo é assegurado por uma suspensão afiada e macia (McPherson na dianteira, eixo de torção na traseira). Para uma cidade esburacada como São Paulo, o Virtus parece ter a chave do equilíbrio: consegue filtrar as irregularidades do solo e garantir a estabilidade em curvas rápidas. O Cronos, por sua vez, costuma dar alguns pulinhos nas saídas de lombadas.

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Outro ponto em que o Virtus supera o compacto da Fiat - e mesmo assim não se blinda de ressalvas - é na transmissão. A Volkswagen apostou em um câmbio automático de seis velocidades que funciona muito bem enquanto desenvolve as marchas, mas dá alguns tranquinhos chatos em reduções. Isso acontecerá, normalmente, nas reduções de quarta para terceira marcha. A transmissão automatizada do Fiat Cronos , por sua vez, é tumultuada e não faz boa leitura das intenções do motorista.

É um pecado que o Virtus não tenha aletas para trocas de marcha atrás do volante multifuncional. Modelos mais baratos, como a dupla Gol e Voyage, contam com este recurso que facilita o serviço em subidas mais íngremes. Bem escalonada, a transmissão também traz o modo esportivo que altera entrega da curva de torque, bem como as passagens manuais.

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Como anda o VW Virtus 1.6 automático?

Além da central multimídia, o VW Virtus 1.6 MSI traz um suporte para smartphone ao centro do painel
Divulgação
Além da central multimídia, o VW Virtus 1.6 MSI traz um suporte para smartphone ao centro do painel

O motor 1.6 MSI, de quatro cilindros, com comando de admissão variável desenvolve 117 cv de potência a 5.750 rpm e 16,5 kgfm de torque a 4.000 rpm, quando abastecido com etanol. Destacamos o uso de materiais leves em sua engenharia, reduzindo o atrito e melhorando a eficiência energética. A unidade garante agilidade suficiente para o uso urbano, mas precisa se esforçar bastante para atingir altas velocidades na estrada. Ao contrário do modelo manual que vai de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos, o Virtus automático leva 10,8 segundos para atingir a mesma velocidade.

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De acordo com o Inmetro, o Virtus 1.6 automático faz 7,8 km/l na cidade e 9,8 km/l em trecho rodoviário com etanol. Na gasolina, os números sobem para bons 10,8 km/l e 13,8 km/l, respectivamente. No conjunto de segurança, destacamos cintos de três pontos para todos os ocupantes, sistema Isofix para cadeirinhas de bebê e airbags laterais. A Volkswagen desliza ao colocar o controle de estabilidade e tração como opcional no pacote Safety, que também acrescenta assistente de partida em rampa por R$ 1.430. A cor metálica prata tungstênio do modelo que testamos também acrescenta R$ 1.570, fazendo o nosso Virtus saltar para R$ 70.440.

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A Volkswagen já divulgou o estudo que diz que 60% dos modelos emplacados no Brasil contarão com câmbio automático ainda em 2020. Tal como Polo, Gol e Voyage, o VW Virtus 1.6 MSI é parte do grande plano de retomada. O objetivo é retomar a liderança do mercado brasileiro em um ano e meio.

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Ficha Técnica - Volkswagen Virtus 1.6 MSI

Preço: a partir de R$ 59.990 (R$ 64.390 unidade avaliada)

Motor: 1.6, quatro cilindros, flex

Potência: 117 cv (E) / 110 cv (G) a 5.750 rpm

Torque: 16,5 kgfm (E) / 15,8 (G) a 4.000 rpm

Transmissão: Automática, seis marchas, tração dianteira

Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / Eixo de torção (traseira)

Freios: Discos ventilados (dianteiros) / tambor (traseiros)

Pneus: 195/65 R15

Dimensões: 4,48 m (comprimento) / 1,75 m (largura) / 1,47 m (altura), 2,65 m (entre-eixos)

Tanque: 52 litros

Porta-malas: 521 litros

Consumo etanol: 7,8 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada

Consumo gasolina: 10,8 km/l na cidade e 13,8 km/l na estrada

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