Na semana passada, dia 14 de setembro, a Volvo lançou o novo EX30
com abertura de pré-vendas para toda a América Latina com a expectativa de 20.000 unidades comercializadas
, sendo que boa parte seriam para o Brasil, com a estimativa de dobrar o número de unidades atuais da marca no Brasil em relação aos veículos eletrificados
.
Considerando que o número de veículos elétricos no Brasil ainda não atingiu nem 50.000 veículos leves emplacados , ainda sim a presença destes veículos nas ruas das grandes metrópoles e nas principais rodovias do Brasil são cada vez mais comuns.
Para os olhos mais treinados, é difícil sair um dia pelas ruas de São Paulo e não cruzar por alguns veículos 100% elétricos , principalmente furgões e caminhões. Por conta disso, não se espera menos de uma marca que deseja estar no topo do ranking de unidades emplacadas e promover também o crescimento da infraestrutura de carregamento. Afinal, somente assim para justificar o uso de seus veículos além de uma rotina diária de deslocamento entre casa e trabalho .
Não se pode dizer que uma montadora de veículos assumir a responsabilidade de promover a infraestrutura de carregamento seja algo novo no Brasil. A própria Volvo foi responsável por um dos primeiros projetos de instalação de carregadores quando começou a vender o SUV XC90 híbrido . Posteriormente, houve a mudança dos equipamentos e o aumento da oferta de estações para atender os clientes após o lançamento dos primeiros modelos 100% elétricos da marca.
Durante o lançamento, foi anunciado o incremento da rede de carregamento , tanto dos carregadores de corrente alternada quanto dos carregadores de corrente contínua . Somente em relação à corrente contínua, são mais 73 locais disponíveis em todo o Brasil que poderão ser utilizados por todos, sendo clientes Volvo ou não.
Todavia, não é exclusividade da Volvo a ação de garantir mais pontos de carregamento. Recentemente, Audi e Porsche anunciaram uma parceria com a Raízen para instalação de 20 carregadores de 150 kW até março de 2024. São carregadores com potência suficiente para carregar 80% das baterias em apenas 30 minutos, conforme o modelo do veículo.
A Renault instalou diversas estações de corrente alternada em suas concessionárias e pontos relevantes pelo Programa Mobilize, como na Rodoviária de Curitiba para uso dos taxistas que atendem o local e participam do novo Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima).
A Stellantis também colaborou muito com a instalação de carregadores de corrente alternada em concessionárias e redes de estacionamento. Em geral, se ainda há a dúvida sobre o que deve vir primeiro, o carro elétrico ou a infraestrutura de recarga (a velha história do ovo e galinha), as montadoras estão vendendo as galinhas e botando os ovos. Afinal, por que não fazer ambos ao mesmo tempo?
Além das montadoras, temos também ações de diversas empresas do setor privado, como operadoras de energia, redes de estacionamentos e estabelecimentos diversos. Apesar de ser desejável uma ação governamental para aumentar as opções de locais de carregamento, não há como negar que as empresas privadas possuem maior capacidade de estruturar a iniciativa de forma sólida. Além da expertise de entender o perfil de seus usuários, eles têm a capacidade de rápida adequação, conforme a necessidade dos consumidores.
Seja para justificar o lançamento de um produto no mercado, benefício para seus clientes ou mesmo exploração de negócios, os novos pontos de carregamento estão cada vez mais presentes e com um crescimento acelerado. O desafio agora é acompanhar o crescimento da frota eletrificada.