Versões especiais podem marcar momentos memoráveis, como um evento esportivo ou atração musical. Um bom exemplo é o Voyage Los Angeles, que celebrou os Jogos Olímpicos de 1984, com seu azul especial e o volante do esportivo Passat TS. Ou até mesmo o Chevette GP II, fazendo referência ao Grande Prêmio do Brasil, de 1976.
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Entre os exemplos recentes, podemos enquadrar Fox Rock in Rio e Onix Lollapalooza, como representantes dos festivais musicais, e HB20 Copa do Mundo e Kicks Rio 2016 para os eventos esportivos. Quem sabe, no futuro, essas versões não tenham valores maiores em relação aos modelos convencionais? Com o passar dos anos, algumas se tornam tão raras que é difícil de lembrar até mesmo que existiram. Relembre versões emblemáticas que quase caíram no esquecimento de tão raras entre os carros vendidos no Brasil
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1 - Volkswagen Parati GTI 2.0 16V 1997
Alguém na Volkswagen teve a brilhante ideia de colocar na Parati um motor 2.0, de quatro cilindros e 141 cv de potência, que vinha praticamente pronto da Alemanha. Aliado ao mesmo câmbio manual do Audi A4, a perua era capaz de acelerar até 100 km/h em apenas 8,2 segundos, antes de chegar aos 206 km/h de velocidade máxima. Um verdadeiro "canhão", com espaço de sobra no porta-malas.
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Pouquíssimas unidades foram feitas. A suspensão ficou mais baixa e firme em relação ao modelo convencional, ganhando também uma barra estabilizadora na traseira. Em 1999, a Parati estreou em sua terceira geração, mas o conjunto mecânico da GTI foi preservado. É uma pena que o modelo não tenha durado tanto tempo na linha da Volkswagen. Nos anos seguintes, o motor mais potente da marca alemã será o 2.0 8V, de apenas 120 cv.
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Em suas gerações mais tediosas, a Parati durou até 2012, quando a Volkswagen decidiu descartá-la para seguir apenas com o SpaceFox. Uma pena, tratando-se de um dos carros mais emblemáticos do mercado brasileiro.
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2 - Chevrolet Caravan Silverstar 1983
Em 1982, a família Opala e Caravan receberia alterações no câmbio manual, de quatro marchas. No ano seguinte, chega a série Silverstar, com cores exclusivas e novo acabamento interno, feito sob o pacote Comodoro. Ela integrava dezesseis equipamentos exclusivos, como relógio, volante acolchoado, para-choque com barra de borracha, vidros verdes, desembaçador e até temporizador do limpador de parabrisa.
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A Caravan recebeu as mesmas reformulações do Opala nos anos seguintes. Em 1988, nasce o Diplomata SE com mudanças mais significativas. As linhas Opala e Caravan durariam até 1992, quando foram substituídos na linha da GM pelos novos Omega e Suprema.
3 - Fiat Oggi CSS 1985
Um dos itens mais exclusivos de nossa lista. Apenas 300 unidades do Fiat Oggi CSS foram feitas. Para se ter uma ideia do nível de raridade nos dias de hoje, um modelo foi leiloado em 2015 por R$ 150 mil, em Belo Horizonte (MG).
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Em um segmento que já era dominado por Chevette e Voyage, o Oggi tinha o porta-malas como grande fator de compra. E coloca grande nisso. Eram 440 litros de capacidade (apenas 40 litros a menos que o Volkswagen Voyage atual). A versão esportiva CSS se destacava pelo pacote estético descolado. Ela, de fato, rejuvenesceu o Oggi que já mostrava certa idade no visual. Destaque para a cor preta, os arcos de roda protuberantes e as linhas vermelhas que corriam a carroceria.
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4 - Ford Escort XR3 Laser 1985
Na mesma Olimpíada de 1984 que viria a batizar a versão especial do Voyage, o trio Ronaldo Senftt, Daniel Adler e Torben Grael ficou em segundo lugar na categoria barco a vela. No ano seguinte, a Ford viria a lançar a série especial Laser em homenagem ao feito. O nome da versão veio de um pequeno barco a vela utilizado na categoria olímpica, conhecido por ser muito veloz.
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As diferenças eram estéticas. Duas faixas laterais em azul e vermelho com o nome da versão, emblema azul na tampa do porta-malas e calotas plásticas brancas importadas da Alemanha. Por dentro, apenas algumas alterações pontuais no estofamento. O tecido utilizado no XR3 Laser era mais claro, com linhas vermelhas no lugar das tradicionais azuis. Dois anos depois, o Escort foi reestilizado, com mudanças sensíveis na dianteira e na traseira.
5 - Citroën C4 Competition 2013
Sua primeira apareceu durante o Salão do Automóvel de São Paulo de 2012, apenas como um conceito. A aceitação por parte dos fãs, entretanto, fez a Citroën mudar de ideia e lançar o C4 Competition com motores 1.6 e 2.0, em versões manual e automática, de quatro marchas. A versão chegava a ser quase R$ 4 mil mais cara que o modelo topo de linha do Citroën C4 Hatch, a GLX.
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As alterações também eram estéticas entre as versões . A Citroën incluiu adesivos na carroceria, retrovisores na cor vermelha e rodas exclusivas de 16 polegadas. Este era o último suspiro do modelo, que já não batia mais de frente com Hyundai i30, Ford Focus e a nova versão do Volkswagen Golf, à época, importado da Alemanha. Lembra de outra versão quase desconhecida? Responda nos comentários.