De Buenos Aires, Argentina
A Volkswagen apresentou o Virtus reestilizado
em Buenos Aires, Argentina, e as primeiras mudanças de estilo do sedan o afastam do Polo, principalmente na parte dianteira. A nova identidade vem acompanhada de mudanças na gama e também em equipamentos. Os preços vão de R$ 103.990 e chegam a R$ 144.990. As vendas começam no dia 09 de março.
Vamos às mudanças. O design tornou a frente bem diferente da exibida pelo Polo, a começar pelos faróis de LED. Eles se tornaram mais estreitos, tendo uma semelhança com os do Nivus
, algo acentuado pelo mesmo formato de luzes de rodagem diurnas. O para-choque dianteiro adotou novos faróis de neblina de LEDs e molduras mais ousadas.
A traseira também conta com LEDs nas lanternas
, peças que formam um "T" horizontal, algo que lembra um pouco os modelos da Audi.Completam o pacote detalhes na base do para-choque traseiro e novas rodas.
Falando em sedans maiores, as mudanças dianteiras acrescentaram 6,9 centímetros ao comprimento. Estamos falando de um sedan compacto de 4,56 metros e 2,65 metros de entre-eixos, medidas que se somam ao porta-malas de 521 litros
para colocá-lo em um patamar de tamanho de médios.
Por dentro, o painel de instrumentos é 100% digital de 10,25 polegadas e passa a contar em toda a sua extensão com uma faixa de vinil que imita couro, um toque que aposta até em costuras duplas. Porém, não há materiais macios de fato, trata-se apenas de uma solução mais agradável ao toque do que a antiga peça . Os bancos também têm nova padronagem, que se somam aos painéis de porta dianteiro, porém, os traseiros sequer contam com revestimento.
Os outros detalhes ficam por conta dos bancos novos, com couro a partir da Comfortline, e com a diferença do tom marrom na Highline. O volante multifuncional passou a contar com acabamentos na cor preta e a manopla de câmbio exibe detalhe iluminado, um toque que está nos SUVs T-Cross e Taos . O resultado ao vivo é interessante.
Se o estilo do antecessor ainda era agradável, a segurança do antigo Virtus era prejudicada pelo fato de oferecer apenas airbags frontais (obrigatórios) e laterais dianteiros , algo que mudou no reestilizado.
Da mesma maneira que os companheiros de plataforma Nivus e T-Cross , o sedan compacto passou a ter também airbags do tipo cortina de série , aqueles que cobrem os vidros e protegem os quatro ocupantes laterais. É algo que o Polo renovado continua a não oferecer. De acordo com a VW, o motivo do hatch não ter tido o mesmo acréscimo de itens se dá pela necessidade de manter o modelo competitivo. De qualquer maneira, é uma pena.
As versão mais barata recebeu o motor 1.0 TSI 170, o mesmo utilizado pelo Polo renovado . A potência e torque são os mesmos, mais especificamente 116/109 cv e 16,8 kgfm a 1.750 rpm. A opção manual de cinco marchas parte de R$ 103.990, enquanto a automática de seis velocidades custa R$ 112.990 .
O pacote de itens do manual inclui os esperados ar-condicionado, direção elétrica, trio elétrico (vidros um toque apenas para as portas dianteiras) , banco do motorista ajustável em altura, coluna de direção com ajuste vertical e de profundidade, volante multifuncional, banco traseiro bipartido, quatro alto falantes, além de faróis e lanternas de LED, painel digital de oito polegadas (sem conta giros), carregamento de celular por indução, multimídia Composition Touch, sensores de estacionamento traseiros, rodas de liga leve aro 15 e pneus 195/55, entre outros. Afora os seis airbags já citados, a segurança é complementada pelos controles eletrônicos de estabilidade e de tração.
Por sua vez, o automático acrescenta controle adaptativo de velocidade e distância, frenagem autônoma de emergência , sistema start stop, duas entradas USB C para o banco traseiro, volante revestido de material que imita couro e borboletas para a troca sequencial de marchas. Não é apenas o motor que é semelhante ao do Polo, o Virtus também utiliza a solução de freios traseiros a tambor.
Ao contrário do Polo, o Virtus continua a contar com o 1.0 TSI de 128/116 cv e 20,4 kgfm a 2.000 rpm , mas apenas nas versões Comfortline e Highline. A primeira sai por R$ 121.990 (era R$ 122.210) e ar-condicionado digital, seis alto falantes (a diferença é a adição dos tweeters), abertura/fechamento e partida sem chave, faróis de neblina de LEDs, bancos e faixa do painel com material que imita couro (com direito ao toque de imitações de costuras duplas), câmera de ré, rodas de liga leve aro 16, pneus 205/55, afora a central VW Play de 10,1 polegadas como opcional.
O Highline sai por R$ 130.030 (era... R$ 130.030) e acrescenta painel digital de 10,25 polegadas, retrovisores externos rebatíveis eletricamente, multimídia VW Play, detector de fadiga, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, função frenagem de manobra (ela impede que você bata o carro em balizas mal calculadas), rodas de liga leve aro 17, pneus 205/50, e sensores de chuva e de luz, além das três primeiras revisões gratuitas.
A grande novidade é a Exclusive, uma configuração que substitui a antiga GTS , e conta com o mesmo motor 1.4 turbo de 150 cv e 25,5 kgfm a 1.500 rpm. Marcada para ser lançada ainda no primeiro semestre, a versão custa R$ 144.990, valor próximo aos R$ 148.650 do Chevrolet Cruze 1.4 turbo, embora o sedan médio seja menos equipado.
O valor é menor do que os R$ 149.020 cobrados pelo Virtus GTS 2022 . A diferença em equipamentos inclui rodas de liga aro 18, pneus 205/45, seletor de modos de condução e acabamentos que incluem bancos de couro com detalhes hexagonais (chamados de matelassê).
O esportivo refinado tem para-choques com frisos cinzas, emblema Exclusive na grade dianteira estilo colméia, rodas aro 18, e emblemas em preto piano na traseira.
Para concluir, a estratégia de manutenção de preços da VW parece atrativa, porém, embora seja mais equipado do que a maioria dos rivais, o Virtus continua a ser mais caro do que o Chevrolet Onix Plus
e Hyundai HB20S
, para citar dois exemplos. O consolo é que agora ele tem mais itens para justificar um pouco o posicionamento.