O Renault Twingo irá ganhar uma nova geração na Europa em 2026 e terá a missão de ser um carro elétrico acessível . O carrinho promete ser uma releitura da primeira geração do modelo , vendida no Brasil entre 1994 e 2002 , com cerca de 12 mil unidades comercializadas.
Segundo a marca francesa, a meta será oferecer o Twingo com valores abaixo dos 20 mil Euros (R$ 105 mil) e ser o Renault elétrico de entrada e também oferecer a melhor eficiência da categoria. Atualmente, o fabricante oferece a atual geração do modelo, por cerca de 27 mil euros.
O Twingo será posicionado abaixo dos Renault 5 e Renault 4 e será produzido e desenvolvido pela Ampere , uma nova companhia do Grupo Renault dedicada à produção e desenvolvimento de veículos exclusivamente elétricos.
Segundo o CEO da Renault, Luca de Meo, o Twingo será equivalente aos rivais chineses em termos de preços e que os custos de produção serão 50% mais baixos quando comparados ao de um SUV do segmento C , apostando em menos uso de materiais e uma plataforma com bastante software embarcado.
Essa declaração dá a entender que muitos itens no Twingo serão controlados por software, itens como ar-condicionado, por exemplo, não devem contar com comandos físicos, pensando justamente em reduzir materiais.
Segundo a Renault, o Twingo será um veículo pensado para os centros urbanos e terá um nível de emissões de poluentes em todo o ciclo de vida (incluindo produção e reciclagem de peças) 75% menor que a “média do carro a combustão vendido na Europa em 2023”. Os executivos da marca ainda prometem um rendimento de 6,2 milhas por kWh , o que, convertendo dá cerca de 9,9 km por kwh , superior aos 5,61 km/kWh do Megane E-tech e 6,9 km/kWh do Kwid E-tech .
O Twingo chegará em 2026 para complementar a nova oferta de carros elétricos da Renault no velho continente, que conta com Megane E-tech
, também disponível no Brasil, e receberá nomes como Scenic
, a partir do ano que vem, e Renault 5
e 4
nos próximos anos.
Segundo de Meo, a ideia com o Twingo é democratizar o acesso aos veículos elétricos
e que a novidade terá os kei cars vendidos no Japão como inspiração. Por lá, esses mini carros urbanos representam um a cada três modelos vendidos em um mercado de 4,2 milhões de unidades por ano.
Entretanto, o posto de carro elétrico mais acessível oferecido pelo Grupo Renault seguirá sendo o Dacia Spring , ou Kwid E-Tech, como conhecemos aqui no Brasil. Na França, contando com incentivos fiscais, ele custa 15.800 Euros (R$ 83.450 em conversão direta), bem mais acessível que os 33 mil Euros (R$ 174 mil) cobrados pelo Megane elétrico .
No Brasil, um eventual Twingo ficaria posicionado entre o Kwid e o Megane , entretanto, os impostos de importação podem fazer seu preço se aproximar do SUV.
Considerando o sucesso feito pelo Twingo no Brasil, o hatch com visual engraçadinho poderia retornar ao país.